11 de dezembro de 2024
Google News Lupa na Canção

João Gilberto é inspiração de Leo Frangioni; MPB é louvada por João Belleza; Ouça a intuição com André Sansi; Experimento mirabolando de Meandros; O axé music de PECI [lupa na canção #36]

Muitas sugestões musicais chegam até nós, mas nem todas estarão aqui. Bem vindos ao Lupa na Canção!

Esta é uma lista de novidades lançadas recentemente, de diferentes temáticas e gêneros musicais. Dificilmente você verá no Lupa canções do mainstream. A ideia é apresentar com uma “lupa” coisas novas e alternativas aos grandes sucessos, afinal é este uma das missões da Revista.

É importante ressaltar que as posições são aleatórias, não indicando que uma seja melhor que a outra.

Influência de João Gilberto e dia chuvoso preparam o ambiente da composição de “Vem Pra Molhar”, uma das novas melancolias de Leo Frangioni

 Leo, qual a melhor sinopse desta música? 

Te proponho um cenário. Você está numa casa de madeira rodeada de mato e lá fora cai uma chuva forte. Num ar bem tranquilo e parado você senta num sofá velho e com seu violão começa a tocar uma levada de bossa nova. A paz e serenidade desse momento traz a tona sentimentos guardados e você começa a cantar como se para lavá-los, numa mistura de melancolia e esperança. Numa conversa interna com você mesmo, outros instrumentos acompanham sua levada começando uma conversa entre eles, e essa diálogo toma conta da sala da casa.

Você diz que a música é influenciada pela sonoridade de João Gilberto. Neste sentido, o que há de “seu” nesta canção? 

Tudo que veio a partir do momento em que eu comecei a compor a música é meu. A influência de João Gilberto foi como um preparativo pra que eu me pusesse num estado que me possibilitou escrever essa canção. A letra, o sentimento que ela transmite, a história que ela conta, a estética auditiva da música, tudo saiu de mim. Foi uma canção composta pelo coração e não pela cabeça.

Claro, tendemos a reproduzir o que consumimos, e como ouço bastante João Gilberto, era inevitável que uma canção melancólica como essa composta em voz e violão o traria como referência. Mas, comparando “Vem Pra Molhar” com as músicas do João, ao mesmo tempo que é nítida uma certa relação, cada lado tem sua própria identidade, e acredito que esse seja o equilíbrio saudável entre uma obra e sua referência. 

A letra retrata que situação cotidiana? 

Eu não diria cotidiana, e sim momentânea. Como diz a letra, “a chuva vem pra molhar”, ela retrata um sentimento que vem para passar, não é algo que se vive todo. Nesse caso, fala de uma sobreposição de sentimentos, a saudade que cobre a dor, a tristeza e a melancolia conversando com o desejo e o querer.

A música tem ao fundo um som de chuva, comente esta curiosidade! 

Quando escrevi essa música, eu estava numa casa de madeira na praia de Imbituba, Santa Catarina. Era pós almoço e meus amigos estavam cochilando então eu estava sozinho na sala com meu violão tocando algumas músicas do João Gilberto enquanto caia uma chuva forte mas gostosa. Daí surgiu o primeiro verso: “a chuva vem pra molhar, amor”.

Eu acho muito importante preservar tudo que possível da ideia inicial de uma música, porque é lá que nasce a obra. Se não houvesse chuva naquele momento, essa música não existiria. Acho que não há nada mais justo do que incluir esse elemento na música.

Por fim, peço que você diga aos leitores do LUPA NA CANÇÃO quem é “Leo Frangioni”.

É difícil responder essa pergunta sabendo que tenho músicas lançadas sob 3 pseudônimos diferentes, em gêneros completamente opostos e mais de uma língua. Eu sei que a pergunta é direcionada ao artista, mas não consigo me desvencilhar como pessoa dessa pergunta. Acima de tudo sou um produtor e criador de música. Eu faço o que me agrada e sigo as direções do meu gosto pessoal, sem me preocupar com como as pessoas irão reagir às minhas músicas. Me julgo como um artista completamente livre dentro da música, alguém que vai se jogar num projeto simplesmente pelo amor e pelo tesão de fazer acontecer. Não sei ao certo se essa era a resposta que estava buscando, mas no momento essa é a definição que eu me identifique mais no momento.

Respostas de Leo Frangioni

Disponível nas playlists “MPB – O que há de novo?” e “Brasil Sem Fronteiras…”

Um louvor à MPB e às paixões; escute o “Tanto Faz” de João Belleza

João, é uma alegria recebê-lo no LUPA NA CANÇÃO. Vamos começar com você nos descrevendo em poucas linhas ou palavras o que vem a ser o lançamento “Tanto Faz”.

“Tanto Faz” é uma composição minha que fala de uma paixão, um amor não declarado. Ressalta como estar perto de quem se ama é mais importante do que o lugar onde se está, e a força que sentimos quando amamos. Apaixonar-se por uma amiga, ou um amigo, é algo que acontece. Então, “Tanto Faz” traduz uma vivência amorosa comum, de maneira melodiosa.

É nítido que você é um amante da MPB. Neste sentido, o que esta música diz sobre esta sua paixão?

“Tanto Faz” procura seguir o gênero da Música Popular Brasileira que realmente é minha paixão desde criança. A MPB é de uma riqueza de harmonia, melodia e poesia que me satisfaz plenamente como artista e músico. Por isso, tenho esta ligação profunda com esse gênero musical.

Quanto ao audiovisual, percebi uma mescla interessante entre gerações. Isso é um recado de quem é você enquanto artista?

Veja bem: podemos chamar de recado, mas na verdade é minha identidade, fruto de uma convicção. Na minha opinião, a arte não tem tempo nem idade. Independente de quando foi feita, uma canção vale pelo que ela é. No DVD, como você menciona, apresentei músicas de diversas épocas e inéditas. Tive a honra, inclusive, de contar com a participação de um grande nome da Música Brasileira, de geração diferente da minha: o mestre Túlio Mourão.

Aos que te conheceram neste LUPA NA CANÇÃO a partir desta faixa principal, faça um convite para assistirem o DVD completo.

Então, convido a todos os apreciadores da Música Popular Brasileira a assistir ao DVD “Em Cantos Brasileiros”, que foi um trabalho feito com muito cuidado e zelo. Fui acompanhado de músicos de muito valor e tivemos atenção com cada detalhe do espetáculo, para que fosse oferecido ao público um trabalho de qualidade, com execuções de músicas consagradas da MPB. Vocês ouvirão desde “Nada Além” (Custódio Mesquita/Mário Lago), passando pelo período da Bossa Nova e de músicas dos anos 1970, até artistas contemporâneos como Tom Veloso. Creio que os amantes da MPB ficarão muito felizes com o que vão assistir. E eu conto com a audiência de vocês.

Por fim, quem é João Belleza?

João Belleza é um cara simples que, desde muito cedo, se apaixonou por música, pelo canto e pelo violão, e escolheu, como gênero mais apaixonante, a Música Brasileira. A paixão de João Belleza por música traduz-se em felicidade e muita realização e alegria com o trabalho que realiza.

Respostas de João Belleza

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

    Andé Sansi escuta a intuição no single/clipe “ALGO FALA EM MIM”

    É um convite de encorajamento para as pessoas. É isso mesmo?

    Sim, “ALGO FALA EM MIM” se refere originalmente àquela voz interna / intuição, que na verdade nem sempre a gente escuta, mas que de alguma maneira, com intenção de conectar com nossa vida, sabemos se estamos no nosso caminho correto. E este é o convite, coragem para escolher estar no seu lugar, onde você é feliz, completo, e não onde a sociedade diz que você deve estar, pelo salário que ganha, ou etc.

    Esta mensagem é transmitida com uma sonoridade bastante leve e contagiante. Em quais artistas você se inspirou neste sentido?

    A mensagem é leve por que a vida tem que ser assim. Não me refiro às dificuldades da vida, estas irão chegar, sempre, até você, porém você pode escolher como as vai enfrentar. Nesta canção usamos esta atmosfera, como usa Djavan, Jorge Vercilo, Pedro Mariano, Isabela Taviani, que tem muitas musicas com leve sonoridade e profundas mensagens.

    O que você desenvolveu para compor esta música?

    A primeira coisa, coragem para entrar em minha 1a sessão de terapia, onde sigo há 8 anos. [hehehe]

    Brincadeira à parte, esse caminho para dentro de mim, é que me fez poder enxergar esta força que temos, a Luz em mim, as trevas, a coragem, e o bem estar que me causava escolher alguns caminhos, estes, responsáveis por eu estar aqui hoje!

    Sonoramente, compus a letra, a melodia, a harmonia e mandei para o meu produtor Fabio Cadore, falamos das referências e onde queríamos chegar, e o resultado é este.

    “ALGO FALA EM MIM” é o primeiro single de uma série de 6. O que esperar dos novos lançamentos desta série?

    Musicas lindas e leves, de mensagens profundas e carinhosas para consigo mesmo, alertando sobre a vida que temos diante de nós diariamente, e que muitas vezes deixamos escapar “por entre os dedos”. O amor é a minha maior fonte de inspiração, em muitas formas e vocês poderão ouvir isto em toda a serie, e também em todas as musicas já lançadas anteriormente.

    O que este lançamento diz sobre o artista André Sansi?

    Acho que já deixei escapar esta na pergunta anterior. [heheheh]

    o que eu posso acrescentar? Por trás do artista, existe uma pessoa que busca ser melhor a cada dia, encontrar os seus lugares, para que com isso o artista possa aprofundar nos corações das pessoas, levando amor, carinho, paz e luz a eles! Este é o meu propósito, cuidar das pessoas, encorajar, acarinhar, com minhas musicas!

    Respostas de André Sansi

    Disponível na playlista “Brasil Sem Fronteiras…”

    “Seguir em frente é sempre necessário”, diz Meandros sobre a experimental e mirabolante “Escaler”

    Vamos começar pela arte de capa do lançamento. O que ela diz sobre a ideia geral desta música?

    Assim como “Escaler” representa uma jornada emocional, espiritual até, a arte da capa tenta explorar símbolos que ampliam essa experiência. As rochas que emolduram a peça simbolizam a resistência e a permanência, contrapondo-se assim com a fluidez do mar, que representa o fluxo contínuo da vida e das emoções. A linha do horizonte, dividindo mar e céu, convida o olhar para o singelo escaler em um possível momento de decisão: à direita, um céu claro, sugerindo luz e conforto; à esquerda, nuvens carregadas, insinuando desafios e tempestades por vir.

    Essa dualidade na imagem reflete a própria essência da música — a escolha entre seguir por um caminho mais fácil, iluminado, ou se arriscar por um percurso mais incerto e turbulento, confiando que a travessia trará recompensas transformadoras. O ‘A’ do título, que funciona como uma luz-guia, foi um detalhe artístico que reafirma esse sentimento, simbolizando a esperança que acompanha o Navegante ao longo de sua jornada.

    Você consegue dizer qual mensagem “Escaler” transmite ao mundo?

    Em “Escaler”, eu quis capturar a essência da travessia humana — a jornada do Navegante que, partindo de um passado de dor, navega pelas águas incertas do desconhecido. A música reflete como enfrentamos os ciclos da vida — partidas, perdas, memórias — e como essas experiências nos transformam de forma profunda e duradoura. Mesmo quando os recursos parecem escassos e o caminho indefinido, a mensagem é clara: seguir em frente é sempre necessário.

    São tempos desafiadores os que vivemos, e “Escaler” nos lembra que a travessia, embora difícil, traz crescimento e evolução. Não se trata de evitar a dor, mas de aprender a navegar por ela com resiliência. A música convida cada um de nós a redescobrir forças internas, a encontrar sentido na mudança e a avançar, mesmo sem certezas, com coragem e determinação.

    Musicalmente me parece que você realizou um experimento, que deu muito certo. É isso mesmo?

    Sinto que a travessia do Navegante em “Escaler” é contada não apenas pela letra, mas pela própria música, que alterna entre luz e sombra, intensidade e silêncio, com tons maiores e menores e dissonâncias que vão aos poucos construindo essa narrativa sonora. Com influências que vão desde música erudita até rock progressivo, folk, flamenco, fingerstyle e trilhas sonoras, houve realmente uma fusão (intencional) de estilos para criar uma experiência sonora única. Esse aventurar-se na mistura de gêneros, que às vezes parecem tão distantes, foi fundamental para dar vida à jornada emocional que ela representa.

    Felizmente, ser responsável por todas as etapas da criação — desde a composição até a produção e execução — traz uma liberdade extraordinária em explorar caminhos diferentes com plena autonomia. O resultado, pessoalmente falando, me enche de orgulho e tem tocado o coração dos ouvintes de uma forma belíssima. “Escaler” é, para mim, um marco que demonstra o poder que tem a experimentação em expandir os limites do que musicalmente consigo alcançar.

    Digamos que você precisa escolher três tipos de playlists para adicionar “Escaler”. Quais escolheria?

    Vejo “Escaler” se encaixando muito bem com playlists explorando temas profundos e atmosféricos. Por exemplo, uma playlist centrada em jornadas e travessias, com músicas que simbolizam movimentos de transformação e reflexão. Aqui, a narrativa de navegar entre desafios, de renascimento faria dela uma peça central, uma vez que convida o ouvinte a fazer uma travessia emocional e filosófica. Outra opção que me vem à mente seria uma playlist com tema de mar e natureza, especialmente se o violão e a instrumentação acústica forem protagonistas. Ela é ideal para esses momentos de introspecção, refletindo na vastidão do oceano, na conexão com o ambiente natural. E, por fim, vejo-a também sendo bem coerente com playlists de sinfonias contemporâneas, onde clássico e moderno se fundem. Com crescendos épicos, elementos orquestrais e sons mais densos, sinto que ela acaba elevando a experiência e proporcionando uma imersão profunda e emotiva.

    Afinal, quem é Meandros e como “Escaler” nos ajuda a entendê-lo?

    Depois de ter tido uma formação clássica no violino e no piano, o violão acabei aprendendo de forma autodidata, e foi através de nomes como Tom Jobim que pude expandir os horizontes nesse novo instrumento. A viagem por acordes e harmonias sempre foi algo que me fascinou. Vejo a música como algo capaz de nos elevar, de nos aprimorar como seres humanos. E não só nela, mas também na filosofia e na poesia existe uma busca contínua por significado, de modo que estamos sendo continuamente desafiados.

    Vejo “Escaler” como uma síntese dessa jornada. A música convida o ouvinte a navegar por esses meandros da alma, a explorar ciclos de dor e renascimento que todos nós, em algum momento, precisamos atravessar. E isso se manifesta tanto na sonoridade quanto na narrativa, pois o ouvinte consegue se ver na travessia do Navegante, mesmo estando em sua própria busca por significado e transformação.

    E, por fim, diga se há alguma curiosidade sobre este lançamento que seja importante ser destacado.

    Assim como no clássico paradoxo do ovo e da galinha, muitas vezes me perguntam: “O que vem primeiro, a melodia ou a letra?” No caso de “Escaler”, a resposta sempre foi claramente a música. E foi de um fascínio antigo por violonistas como Tommy Emmanuel e de obras icônicas como “Bachianinha n° 1” que ela nasceu. A partir desse dedilhado, que criei muitos anos atrás, é que ela começou a tomar forma. Inicialmente, tudo era apenas uma peça instrumental, mas a sensação de mar, liberdade e jornada foi crescendo de maneira inegável, até que as letras, refletindo essa travessia, surgiram com naturalidade.

    Embora o texto tenha passado por poucas revisões ao longo do tempo, foi durante o processo de gravação que vieram as transformações mais profundas. Modulações tonais, pontes, dissonâncias e arranjos vocais foram aos poucos ganhando vida na intenção de elevar a complexidade da obra, além de efeitos sonoros narrativos que ajudaram a contar melhor toda a história. A liberdade de ser um produtor independente me permitiu experimentar e fazer essas escolhas, e criar uma peça que, para mim, reflete fielmente a intensidade e a profundidade da jornada que “Escaler” propõe.

    Respostas de Meandros

    Disponível nas playlists “MBIA: Música Brasileira Indefinida e Alternativa”, “MPB – O que há de novo?” e “Brasil Sem Fronteiras…”

    Amor de PECI pelo axé muisc e música baiana está impresso na alegre “Mordeu a Isca”

     “Mordeu a Isca” consegue retratar uma paixão de maneira divertida, solar, feliz, descompromissada, sem as sofrências. Afinal, o que o inspirou nesta composição, e o que ela retrata, na sua visão de autor? 

    Essa música nasceu num momento descontraído entre nós compositores. Uma parte do grupo chegou com os primeiros versos e na hora que escutei me apaixonei pela música. Me vi ali. Depois, dando risadas, finalizamos a música juntos. Toda vez que eu escuto eu tenho vontade de sorrir. Acho que ela é isso. Uma risada cheia de amor.

    Você diz que a música e baseada nas raízes do axé music, é um mergulho neste gênero musical, além de ter a sensação dos ares carnavalescos. O que isso quer dizer?

    Ela surgiu a partir da minha vontade e paixão pelo axé. As referências para, desde a composição até a produção da faixa, foram todas desse estilo. 

    Peço que descreva sua relação com este gênero musical e também como “Mordeu a Isca” faz jus à este relacionamento PECI e axé music.

    Como eu disse, sou apaixonado por axé. Tudo desse universo musical me encanta. E também, Ivete Sangalo é minha maior referência. Sou apaixonado pela música baiana. Trazer, musicalmente, o poder dessa influência e sensação de alegria para minhas músicas era algo que eu queria fazer faz tempo.

    A capa do lançamento é alegre e contagiante, como um prefácio para quem irá escutá-la. O que, para você, ela representa além disso que comentei?

    Escolhemos o amarelo pra compor a capa por dois motivos. O amarelo é uma cor quente, alegre e vibrante. E, porque combinava (risos). Acho que ela vem muito da relação com o sol, a luz que não dá pra apagar e invade até os menores espaços. É grande, exagerada. Uma relação tanto com “Mordeu A Isca, que tem essa vibe de verão e do EP “Sabor Exagero”. 

    “Mordeu a Isca” é uma das faixas do seu novo EP, “Sabor Exagero”. Convide os leitores do LUPA NA CANÇÃO para escutarem o EP, por favor!

    Galera que tá lendo LUPA NA CANÇÃO, fica aqui o meu convite pra vocês provarem esse novo sabor musical! Cheio de alegria, amor e Brasil! Espero que vocês gostem! Ah, e o sabor? EXAGERO! Um beijo!

    Respostas de PECI

    Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

    administrator
    Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.