Assim como qualquer outro lugar, histórias e curiosidades são deixadas para trás e acabam caindo no esquecimento ou até sendo enterradas com a verdadeira essência da cidade. Ainda assim, o “existir” para elas sempre retorna para que possamos nos lembrar de como o lugar onde nascemos e crescemos surgiu.
- A Paróquia “Nossa Senhora das Graças”:
A Paróquia “Nossa Senhora das Graças” foi criada oficialmente em 1º de janeiro de 1960 através de um decreto assinado por Dom Henrique Gelain. Antes da construção da igreja definitiva, um antigo barracão que servia como serraria foi adaptado em apenas sete dias para abrigar a comunidade e realizar a primeira missa conduzida pelo Pe. Vicente Martins Vanin, que acabou se tornando o primeiro vigário da Paróquia. O atual templo foi inaugurado em 5 de dezembro de 1965, no formato que vemos hoje.
Durante as comemorações de seus 60 anos em 2020, houve a produção de uma revista paroquial que deu destaque a essa história.
17 comunidades fazem parte da Paróquia, da celebração de várias missas e das atividades pertencentes a Diocese de Araçatuba.
A matriz está situada na Rua Jesus Trujillo, 1110, no centro da cidade. Além de ser um espaço religioso é um ponto turístico que representa a espiritualidade, a união comunitária e o desenvolvimento histórico da região.
Uma curiosidade interessante sobre a Paróquia “Nossa Senhora das Graças” é que a sua transformação foi um feito demonstrativo da união e do esforço coletivo de moradores na criação de um espaço sagrado que hoje é um marco importante da cidade. A sua história de superação e perseverança tornou comum a impressionante reação dos visitantes devido ao papel que a comunidade desempenhou na rápida construção da Paróquia e no fortalecimento de sua identidade religiosa.
- As dificuldades enfrentadas pelo “Rei do gado” na construção de Andradina:
Essa é uma história interessante, passada pela própria família do “Antônio Joaquim de Moura Andrade”, fazendeiro com maior criação de gado do Brasil que fundou Andradina.
Naquela época, não existiam transportes próprios que pudessem levar animais pesados como bois até outro estado. A única forma utilizada era a condução: tocavam milhares e centenas de bois em cima de cavalos entre os matos.
Mas quando começaram a surgir os primeiros caminhões de transporte, Antônio Joaquim de Moura Andrade fez um pedido ao governo: que pudessem construir estradas em Andradina onde os caminhões pudessem passar. O governo então negou, alegando não terem verba o suficiente para a construção dessas estradas.
Antônio Joaquim de Moura Andrade não ficou contente com o “não” vindo do governo e por si só, construiu mais de 500 km de rodovias e estradas com o próprio dinheiro.
Redatora e reportagem: Késsia Santos
Transcrição: Stefany Carvalho
Edição: Yasmin Honorato
Fotógrafo: Dudu Aizza
Leia o PUPILA CULT na íntegra
Jornal PUPILA CULT é uma realização da OFIJOR
A Oficina de Experiência Prática de Jornalismo (OFIJOR) é um projeto social, educativo e profissionalizante desenvolvido pela Revista Arte Brasileira, com coordenação do jornalista andradinense Matheus Luzi.
A primeira edição aconteceu na Escola Estadual Alice Marques, de Andradina. O objetivo foi apresentar a profissão jornalística e suas nuances aos alunos do ensino médio, que receberam o desafio de produzir um jornal impresso em uma semana. Os jovens, de 16 a 18 anos, produziram todo o conteúdo e se envolveram em boa parte dos processos de uma redação jornalística profissional (fotografias, entrevistas, redações, edições, produção, contatos comerciais, etc). Os alunos tiveram o apoio e a supervisão de profissionais do jornalismo, da publicidade e propaganda e da fotografia.
Os conteúdos produzidos resultaram no PUPILA CULT, que agora chega gratuitamente à população andradinense no formato impresso (mil exemplares, tabloide) e para o público nacional no formato digital (PDF e em publicações no site da Revista Arte Brasileira).
A OFIJOR foi financiada pela PNAB-2024 (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura), com apoio do Governo de Andradina e realização do Governo Federal por meio do MinC (Ministério da Cultura).
Matheus Luzi, coordenador OFIJOR