Artista: Victoria Moralez (Suécia)
Lançamento: “Medicine Man” (6ª faixa do álbum “UBUNTU, In Defense of My Own Humanity”
Características: Blues, Jazz Fusion
Data do lançamento: março de 2025
Qual é a melhor descrição deste lançamento?
Este lançamento é uma peça sincera que mistura elementos de blues, folk, rock, e jazz. É uma canção que convida o ouvinte a uma viagem sugestiva com sabores de New Orleans. Faz parte do meu novo álbum “UBUNTU, Em Defesa da Minha Própria Humanidade”, que reflete sobre a mudança, a resiliência, e a beleza da nossa humanidade compartilhada.
O que você expressa nas letras e qual é a sua mensagem?
As letras exploram a confusão e a intensidade que surgem ao buscar crescimento pessoal e expansão interior. O “homem medicina” na canção é um símbolo duplo. Ele pode ser um xamã, um viciado, um guia, ou até mesmo um reflexo de você mesmo. Ele representa as partes sombrias da jornada de cura. Encontrá-lo é desafiador, e é fácil se perder no caminho. Mas, como um abraço musical, a canção lembra suavemente o ouvinte de que ele não está sozinho, e que há uma beleza inesperada no caminho bagunçado, e transformador de se tornar quem se é.
O que inspirou a composição?
Fui inspirada por momentos de mudança pessoal profunda, e pelas histórias de outras pessoas que enfrentaram a incerteza com graça. Quis escrever algo honesto, e enraizado na empatia. Então, olhei para dentro, fui além dos meus próprios medos, escutei o vento, e conversei com a natureza. A canção nasceu desse espaço silencioso, corajoso, onde a verdade, a coragem, e a conexão começam a emergir.
Sobre os arranjos e os instrumentos da canção, o que você comenta?
O arranjo é profundamente enraizado no sentimento e no groove. Derrick Big Walker, um dos poucos artistas de blues autênticos que ainda existem, traz uma alma crua para a faixa com sua gaita e seus cantos, sua presença carrega o espírito de uma verdade mais antiga. Na bateria, Igor Wilcox adiciona uma profundidade rítmica rica. Não é coincidência ele ser brasileiro, o Candomblé teve um papel importante na jornada espiritual dessa faixa. Hampus Lundgren no baixo, que tocou em seis das nove músicas do álbum, fez uma contribuição inestimável. Ele foi o único que ouviu a maioria da canção antes do lançamento, e sua sensibilidade ajudou a moldar seu núcleo.
O verso é blues, carne, e corpo, enraizado no pulso e na força de New Orleans. Depois, o refrão se abre com duas assinaturas de tempo diferentes, elevando a música para algo mais livre, mais fluido. Isso nos permite respirar, e voar.
E por fim, quem é a cantora Victoria Moralez?
Sou uma cantora e compositora que cresceu em diferentes culturas e lares, incluindo orfanatos, o que moldou profundamente minha visão de mundo, e minha música. Meu trabalho é fluido em gêneros, e movido por emoções, muitas vezes refletindo temas de pertencimento, resiliência, e conexão. Crio música não apenas para me expressar, mas para oferecer algo real, e reconfortante aos outros.
Acredito que a música, assim como a vida, não deve ser perfeita, ou excessivamente controlada. Tem que ter espaço para a humanidade, para as falhas, para a alma. Espero que minha música inspire outras pessoas a criar, plantar, construir, expressar sua própria verdade. Estamos juntos nessa. Vamos curtir a jornada.
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