Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”. Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 262ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes que nos são apresentados.
Até o primeiro semestre de 2024 publicávamos também no formato de texto corrido, produzido pela redação da Arte Brasileira. Contudo, decidimos publicar apenas no formato minientrevista, em resposta aos pedidos de parte significativa dos nossos leitores.
Glamourvista – “SKYLINE DREAMS” – (EUA)
– Qual a melhor descrição desse lançamento? Skyline Dreams é uma faixa motivacional de hip-hop que combina letras inspiradoras com uma batida moderna e envolvente. A música transmite uma sensação de ambição e superação, ideal para aqueles que sonham alto e trabalham duro para alcançar seus objetivos.
– O que você retrata na letra e qual sua mensagem? A letra fala sobre a jornada de alguém que sonha em conquistar o mundo, enfrentando desafios e dificuldades ao longo do caminho. A mensagem principal é que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, independentemente dos obstáculos que surgirem.
– O que inspirou a composição? A música foi inspirada em histórias reais de luta e perseverança, tanto minhas quanto de outras pessoas que enfrentam dificuldades mas continuam seguindo em frente. Também quis capturar a energia vibrante das grandes cidades, onde tudo parece possível para quem acredita e se esforça.
– Sobre os arranjos e os instrumentos na música, qual seu comentário? Os arranjos combinam elementos de hip-hop contemporâneo com batidas marcantes e melodias cativantes. Há um equilíbrio entre ritmos dinâmicos e momentos mais melódicos, criando um som envolvente que prende a atenção do ouvinte do início ao fim.
– Afinal, o que representa a arte de capa da música? A capa representa um horizonte urbano iluminado, simbolizando o sonho de alcançar algo maior. As luzes da cidade refletem a ideia de infinitas possibilidades, enquanto a composição visual transmite uma sensação de movimento e progresso.
Respostas Glamourvista
Nelson Sobral – “Must’ve Done Something Right” – (Canadá)
– Qual é a melhor descrição deste lançamento? Um disco de rock & roll que captura a coragem e a glória da vida.
– O que você descreve na letra e qual é sua mensagem? Nesta música, eu estava apenas refletindo sobre todas as decisões que tomei na minha vida, certas ou erradas, e como elas me levaram aonde estou agora.
– O que inspirou a composição? Olhando para trás em uma vida de encrenqueiro e caindo de pé e grato pela vida que tenho agora.
– Sobre os arranjos e instrumentos na música, quais são seus comentários? É muito básico. Guitarras, baixo, bateria, vocais, percussão.
– Apresente seu novo álbum aos nossos leitores, do qual esta música é uma das faixas. Este álbum é cru, com guitarras e bateria cortadas ao vivo do chão e ancoradas por canções de amor e perda.
Respostas Nelson Sobral
Ratyński – “Dolomiti Dance (Ralph Towner Cover)” – (Polônia)
– Qual a melhor descrição deste lançamento? Uma música de jazz do mestre Ralph Towner que escreveu para sua banda Oregon, bem como uma música de guitarra rápida e exigente em versão solo.
– Qual foi a inspiração para a composição? Nem todo mundo está acostumado a ouvir música folclórica tirolesa: yodeling, acordeão e diversos instrumentos de sopro podem não ser algo que ouvimos todos os dias, mas quando composta para uma banda ou violão, tem uma forma atraente e revela estruturas musicais muito complexas. Em outras palavras, se ouvirmos um yodel tirolês ou assistirmos a um filme da Disney onde o cachorro Pateta faz isso, não pensamos nisso como algo incrível musicalmente, mas depois de ouvir essa música, acho que apreciaremos artistas folclóricos.
– Por favor, reflita sobre a musicalidade desta música, de onde ela vem, que coisas novas você contribuiu. A forma como o tema principal e as variações foram compostas pode ser tratada como uma invenção do violão de Ralph Towner. Enquanto na música clássica é uma pequena orquestra, na “Dança Dolomiti” torna-se uma banda montanhesa e ao mesmo tempo reflete o espaço das montanhas.
– Há algo interessante que você deseja destacar? Queria dizer que adoro as montanhas e gosto muito de estar lá. Sou alpinista e minha família e passo muito tempo nas altas montanhas em todas as épocas do ano. Se eu tivesse nascido lá, provavelmente conseguiria cantar todas essas melodias, mas fiquei com o violão. Fico feliz por poder falar sobre as montanhas com o violão. Gratidão ao compositor.
Respostas Ratyński
Jani Sinokki – “Attached Undue” – (Finlândia)
– Que reflexão você fez que deu origem a esta composição? Comecei a compor a música há muito tempo para fins autoterapêuticos após um término com minha namorada de longa data, o que foi bem difícil. Nos anos que se seguiram, a música se transformou em um exame do estranho sentimento de apego a alguém enquanto simultaneamente sabe que as coisas acabaram e o que você deseja está principalmente em sua própria imaginação.
– O que a letra diz e qual é sua mensagem para o mundo? A letra é em forma de monólogo e expressa as mudanças emocionais que uma pessoa sofre após um término. A mensagem por trás da música é sobre a complexidade das emoções, especialmente aquelas relacionadas ao luto masculino. O ponto — para ser bem direto — é que é possível examinar suas emoções em vez de apenas destruir as coisas.
– Você pode dizer com qual artista ou banda essa música se parece? É muito difícil comparar essa música com outros artistas. Algumas gravações de Sturgill Simpson chegam perto, embora minha música não tenha seus sons country definitivos. Ela tem conexões com peças de cantores e compositores como Damien Rice e Glen Hansard. Tentamos capturar o desejo emocional expresso nas letras com uma vibração retrô ou vintage, e parece que conseguimos fazer algo bem novo.
– O que essa música representa na sua discografia? Este é meu primeiro lançamento solo, sobre o qual estou muito animado! Eu já gravei traduções em finlandês de músicas de Kris Kristofferson com a banda Kristoffersonia suomeksi (Kristofferson em finlandês).
– É possível estabelecer uma conexão entre essa música e seu país, a Finlândia? Pelo menos no nível dos mitos, os finlandeses são frequentemente considerados bastante deprimidos e são conhecidos como introvertidos que gostam de sua solidão. A tristeza altamente pessoal sobre a qual a música fala é definitivamente algo que pode refletir essa mentalidade finlandesa.
Respostas Jani Sinokki
Toby Smith – “Funk 3000” – (Reino Unido)
– Que reflexão você fez que deu origem a essa composição? Essa música é para meu próximo álbum conceitual “BLOOM INTO NOTHING”. Eu realmente queria transmitir um clima animado, funky e energético para essa música e fazer com que ela se conectasse com a história geral e os temas do álbum. Eu estava originalmente lutando para decidir qual deveria ser a harmonia para a música e enquanto eu estava brincando com diferentes ideias, acabei usando apenas o blues padrão de 12 compassos e ele se encaixou perfeitamente na vibe!
– O que a letra diz e qual é a mensagem para o mundo? A letra dessa música é toda sobre dinheiro e gastar dinheiro. Cada música do próximo álbum é sobre um aspecto do crescimento – esta é sobre gastar e administrar dinheiro. Eu queria principalmente mostrar como os jovens podem muitas vezes ser irresponsáveis com seus gastos de dinheiro nesta.
– Você consegue dizer com qual artista ou banda essa música se parece? Honestamente, essa é uma pergunta difícil – muitas das minhas músicas geralmente são baseadas em inspirações específicas, mas nesse caso simplesmente aconteceu enquanto eu estava escrevendo. No entanto, provavelmente há algumas influências subconscientes como Stevie Wonder, The Beatles e outros artistas assim.
– Há algo curioso sobre o lançamento que você gostaria de destacar? A principal coisa que é especial sobre essa música é que ela é uma pequena parte de uma parte maior, sendo meu álbum conceitual que sai no dia 14 de março, pois é apenas uma parte de uma história maior. Acho que é isso que realmente a separa de muitos dos meus outros trabalhos.
– Afinal, quem é o artista Toby Smith? Sou um artista emergente do nordeste da Inglaterra que realmente quer compartilhar minha música. Sou autodidata com muitos dos instrumentos que toco, exceto alguns (piano, trompete e canto). Eu produzo, mixo, masterizo e arranjo todas as minhas músicas – então qualquer apoio que eu recebo é realmente muito apreciado!
Respostas Toby Smith
