A arte em Andradina muitas vezes passa despercebida e quem trabalha com ela, acaba enfrentando inúmeras dificuldades ao querer visibilidade. Conversamos com o público da cidade para entendermos como eles veem a cultura local, os espaços disponíveis e de que forma participam das iniciativas artísticas. Será que Andradina dá a devida atenção à sua cena cultural? Iremos ver o que o povo tem a dizer.
Como você avalia a cena artística em Andradina atualmente?
As opiniões dos moradores indicam insatisfação com a situação atual, embora alguns reconheçam sinais de melhoria:
* “A cena é bem limitada, faltam opções e apoio.”
* “Poderia ser melhor, mas está começando a melhorar.”
* “Não tem muito o que avaliar, quase nada acontece.”
* “Sinto que falta mais incentivo da prefeitura e mais visibilidade.”
As respostas reforçam a necessidade de maior incentivo e atenção ao setor artístico.
Quais são os principais espaços culturais da cidade?
Ainda que exista alguns locais para eventos, muitos entrevistados destacaram a falta de espaços dedicados exclusivamente à cultura:
* “Tem o centro cultural e algumas escolas que fazem eventos.”
* “Não tem muitos, mas alguns centros culturais se esforçam.”
* “Eu diria que são as escolas e espaços improvisados.”
* “Os principais são os centros culturais e a praça central.”
Os entrevistados veem potencial nos espaços já existentes, mas considera a infraestrutura insuficiente para as demandas culturais.
Existem projetos ou eventos que incentivam a produção artística local?
A produção artística na cidade ainda é tímida, com eventos esporádicos e pouca divulgação, segundo os relatos:
* “Alguns eventos esporádicos, mas não são contínuos.”
* “Tem, mas são bem pequenos e com pouca divulgação.”
* “Pouca coisa acontece, a cidade poderia fazer mais.”
* “Existem projetos, mas o apoio é muito fraco.”
A falta de continuidade e a pequena visibilidade são desafios que precisam ser enfrentados.
A arte em Andradina reflete a cultura da região?
Apesar das dificuldades, os moradores reconhecem que a arte local reflete, ainda que de forma limitada, na cultura da região:
* “Sim, mas é algo bem limitado. Poderia ser mais.”
* “Até tenta, mas não é bem explorada.”
* “Sim, mas é difícil de ver, pois é pouca coisa.”
* “Acho que poderia refletir mais, se tivesse mais espaço.”
Com mais incentivo, as possibilidades de explorar melhor a riqueza cultural da cidade seriam extensas.
Como a população participa das iniciativas culturais da cidade?
A participação da comunidade é considerada minoria, mas os entrevistados apontam que isso ocorre principalmente pela falta de divulgação:
* “Pouco, porque falta divulgação.”
* “A participação é baixa, as pessoas não sabem o que acontece.”
* “Se houvesse mais eventos, com certeza mais gente participaria.”
* “Muita gente não participa porque não sabe o que está acontecendo.”
Uma comunicação mais eficiente poderia atrair mais pessoas às iniciativas culturais.
Conclusão da Repórter:
As respostas que ouvimos mostram que há uma certa vontade de ver mais arte na cidade vinda do próprio povo, mas faltam apoio e divulgação. Mesmo que já existam alguns espaços e eventos, a cultura local ainda não tem o grande destaque que poderia ter. Se as cidades investissem mais nesse setor e criassem mais oportunidades, a população com certeza teria maior envolvimento e a arte, com certeza teria maior espaço para poder crescer.
Entrevista: Yasmin Gomes, Wesley Costa e Emy Monte
Redatora: Emy Monte
Transcrição: Stefany Carvalho
Edição: Stefany Carvalho e Yasmin Honorato
Fotógrafa: Lara Marquês
Leia o PUPILA CULT na íntegra
Jornal PUPILA CULT é uma realização da OFIJOR
A Oficina de Experiência Prática de Jornalismo (OFIJOR) é um projeto social, educativo e profissionalizante desenvolvido pela Revista Arte Brasileira, com coordenação do jornalista andradinense Matheus Luzi.
A primeira edição aconteceu na Escola Estadual Alice Marques, de Andradina. O objetivo foi apresentar a profissão jornalística e suas nuances aos alunos do ensino médio, que receberam o desafio de produzir um jornal impresso em uma semana. Os jovens, de 16 a 18 anos, produziram todo o conteúdo e se envolveram em boa parte dos processos de uma redação jornalística profissional (fotografias, entrevistas, redações, edições, produção, contatos comerciais, etc). Os alunos tiveram o apoio e a supervisão de profissionais do jornalismo, da publicidade e propaganda e da fotografia.
Os conteúdos produzidos resultaram no PUPILA CULT, que agora chega gratuitamente à população andradinense no formato impresso (mil exemplares, tabloide) e para o público nacional no formato digital (PDF e em publicações no site da Revista Arte Brasileira).
A OFIJOR foi financiada pela PNAB-2024 (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura), com apoio do Governo de Andradina e realização do Governo Federal por meio do MinC (Ministério da Cultura).
Matheus Luzi, coordenador OFIJOR