6 de fevereiro de 2025

Zeider, vocalista da Planta & Raiz, reflete sobre pandemia e música

(Divulgação)

Em julho deste ano, abanda Planta & Raiz lançou “Só Agradece” (em parceria com Marina Peralta) e “Natureza Viva”, com direito a clipe. Assim, o grupo de 21 anos de estrada completa sua discografia nas plataformas digitais.

Ambas trazem um teor característico do quinteto: a paz, o amor e a celebração da vida. Porém, também intensificam tal mensagem, ainda mais se tratando do contexto pandêmico no qual foram gravadas.

Nós da Arte Brasileira fomos convidados para participar de uma coletiva de imprensa com o vocalista Zeider. Na ocasião, entre outros jornalistas, eu (Matheus Luzi), tive a oportunidade de gerar algumas reflexões acerca do atual momento em que vivemos. Veja a seguir um resumo do que foi dito.

TRASIÇÃO PARA O DIGITAL

A banda gravou seu primeiro disco em 2001 e viveu claramente a transição dos discos para o digital, passando, claro, pelo caótico momento do auge da pirataria. Como artistas e, no caso de Zeider como compositor, a situação foi bastante difícil.

No entanto, com a chegada de plataformas como o Spotify, Zeider acredita que a coisa melhorou muito, tanto na questão financeira quanto da própria gestão de carreira. Isso porquê, quando as gravadoras dominavam o mercado, o artista não tinha acesso exato ao que rolava com seu público. Hoje, esse quadro reverteu, dando ao músico todas as informações e clareza sobre quem os ouve, além da facilidade de se executar o marketing.

O vocalista ressalta que, apesar dos pontos positivos, os grandes empresários das plataformas deveriam se preocupar mais em equilibrar os valores. Para ele, não é um bom sinal unificar a remuneração por plays, mas sim por cada mérito artístico.

Como encerramento do assunto, Zeider mencionou que, mesmo assim, está gostando da forma como está acontecendo.

SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA PANDEMIA

“A arte é conexão com Deus, é sempre uma ligação com o espiritual. E isso sempre vai trazer um conforto ou uma agitação, dependendo da onde você estiver focando a sua energia. O reggae é para isso: trazer fé, esperança, união e amor (amor próprio e amor ao próximo).”

são essas as palavras usadas por Zeider quando questionado sobre a importância das músicas da banda para o atual momento, principalmente levando em consideração de que os integrantes viram seus números de plays subirem desde o início da pandemia.

Ainda na mesma fala, o vocalista classifica o reggae como um gênero que está sempre em busca de renovar as energias, trazendo a esperança de dias melhores. “Nossa música é algo que vai além de nós mesmos”, acrescenta.

O BAQUE EMOCIONAL

“Primeiramente, a gente como artista e como trabalhador no ramo da aglomeração, a coisa mais difícil foi administrar o emocional, e a ansiedade em saber do dia de amanhã. Para nós, a principal fonte de ganhar a vida é na estrada. Sou compositor há 20 anos, mas a estrada ainda é muito importante para nós.”, explica Zeider.

Mesmo com essa dificuldade, o músico apresentou um desempenho interessante no quesito criação, compondo sozinho ou em parcerias. “Agente fez música pra caramba, e vem outras músicas novas a serem gravadas. Comercialmente, não rolou nada porque não teve show, mas a gente organizou nossa família, nossa casa, nossa equipe. A gente vai voltar mais forte ainda.”

É tempo de celebrar o folclore brasileiro (Luiz Neves Castro)

FOLCLORE BRASILEIRO – Em agosto, comemoramos o Mês do Folclore no Brasil com a passagem do Dia do Folclore em.

LEIA MAIS

Livro de Autoajuda

Nem todas as pessoas que escrevem livros de Autoajuda conseguiram resolver seus próprios problemas, mas sempre tem a fórmula mágica.

LEIA MAIS

O Ventania e suas ventanias – A irreverência do hippie

(Todas as imagens são reproduções de arquivos da internet) A ventania derruba árvores, derruba telhas, derruba vidas. Mas a verdade.

LEIA MAIS

CONTO: O Genro Perfeito e o Estudante de Direito (Gil Silva Freires)

– Filha minha não casa com pé-de-chinelo! – bradava seo Germano, aos quatro ventos. Italianíssimo, não havia desfrutado da mesma.

LEIA MAIS

“Sol e Solidão em Copacabana”, uma história da vida cotidiana no Brasil do século XX

A cidade do Rio de Janeiro tem as suas belezas, sendo elas naturais ou histórias possíveis de serem criadas a.

LEIA MAIS

Geração com cérebro desperdiçado (Clarisse da Costa)

Se buscamos conhecimento, somos viajantes nesse vasto mundo. Mas quando deixamos o saber de lado o que somos? Em pleno.

LEIA MAIS

A Arte Não Precisa de Justificativa – Ep.1 do podcast “Mosaico Cristológico”

Neste episódio falamos sobre a obra de Hans. R. Rookmaaker – A Arte Não Precisa de Justificativa – e a.

LEIA MAIS

Dos livros às telas de cinema

Não é de hoje que muitas histórias de livros despertam desejos cinematográficos, algumas dessas histórias ao pararem nos cinemas até.

LEIA MAIS

LIVE BRASILEIRA #5 – O “coração solteiro” do sertanejo Vitor Leite e a MPB “encante-se”

A edição do dia 9 de junho de 2022 recebeu dois cantores-compositores mineiros, de gêneros musicais distintos. Essa foi uma.

LEIA MAIS

As várias versões da “Balada do Louco”

No documentário “Loki – Arnaldo Baptista” (2008), o ex-mutantes Arnaldo Baptista é definido como “a própria personificação” do eu lírico.

LEIA MAIS