Patrimônio cultural imaterial do nosso país, o samba foi descrito e explicado por incontáveis fontes, como estudantes do tema, jornalistas, personagens históricos e músicos. No entanto, intencionada em apresentar uma perspectiva inédita, hoje a Arte Brasileira proporcionará uma aula a respeito do samba paulista.
O professor (o defini assim para esta matéria) é o músico Anderson Soares, paulistano engajado, filho das escolas de samba, de inegável título de “raiz” neste negócio artístico. A disciplina que você irá estudar também é um gancho necessário para conhecer o disco de estreia de Anderson, disponível nos aplicativos de música desde 2021.
Afinal, o samba paulista e as 13 faixas do álbum são parentes muito próximos.
Antes de mergulhar na entrevista: quem é Anderson Soares?
Nitidamente um conhecedor da causa do samba paulista, devido a sua própria arte e ao seu contato íntimo com as escolas, personagens, e comunidade em geral.
Sagui, como era conhecido na infância, tinha Jamelão como seu intérprete de preferência, o seu ídolo. Em 1988, Anderson presenciou a Verde e Rosa na avenida, com “100 anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão”, samba-enredo inspirado no centenário da abolição da escravidão no Brasil.
Ele conta que o momento o despertou, pela primeira vez, para a criação artística. Anos depois, o projeto Samba da Vela (Zona Sul de São Paulo), reduto de compositores contemporâneos, serviu de apoio prático e moral para suas primeiras composições.
Com 26 anos, Anderson ingressou na Puc-SP, para cursar Letras, após conquistar uma bolsa de estudos. O contato com a academia, os ensinamentos aprendidos no curso e a aproximação com a Escola de Samba Camisa Verde Branco, definitivamente o posicionaram no meio.
A partir de então, Anderson passou a interagir e frequentar diversos espaços importantes do samba paulista, firmando parcerias transcendentais e atuando não mais como espectador, mas como agente ativo.
A entrevista na íntegra e completa você lê a seguir!
Podcast Investiga: A história do samba por meio dos seus subgêneros (com Luís Filipe de Lima)
Podcast Investiga: As artes quilombolas (com Nino Xambá)
Matheus Luzi – Qual sua visão pessoal do samba paulista e brasileiro como um todo (história, origens, características)?
Anderson Soares – O samba é e sempre foi parte importante da cultura popular brasileira.
O samba está presente na vida das comunidades de todo o país. Então, em qualquer parte do país das micro às grandes cidades, o samba estará presente, sobretudo, nos guetos, nas baixas camadas sociais nas pequenas e grandes cidades do país, o samba circula por todas as suas esferas.
E isto faz parte da história do samba e sua origem humilde. Surgido no morro o samba adentra a cidade conforme a expansão de sua popularidade.
As características do samba paulista originam-se de suas primeiras manifestações no início do século XX, com o samba rural, vindo do interior de São Paulo, em Pirapora do Bom Jesus, pelas mãos dos negros.
O samba se populariza no Rio de Janeiro e quando divulgado na Rádio Nacional nos 30 ganha notoriedade.
O samba, suas características e diversidades tornam parte da cultura do país, oriundo do samba rural ou samba de bumbo do interior de São Paulo, na região de Pirapora do Bom Jesus.
“O samba está presente na vida das comunidades de todo o país. Então, em qualquer parte do país das micro às grandes cidades, o samba estará presente, sobretudo, nos guetos, nas baixas camadas sociais nas pequenas e grandes cidades do país, o samba circula por todas as suas esferas.”
Matheus Luzi – Você, como criança, como recebeu o samba? De que maneira, em 1988, o gênero se apresentou para você como uma oportunidade de carreira?
Eu cito o ano de 1988, como um marco na minha infância. Por conta do centenário da abolição da escravatura, o carnaval de 1988, leva para apoteose no Rio de Janeiro, sambas épicos dispostos a narrar a saga da população negra escravizada. Com a proposta de tema único, as escolas de samba criaram nessa linha, sambas que ficaram imortalizados através de épicas composições que ganharam força nas vozes dos grandes intérpretes de sua época. Eu tinha doze anos de idade e acompanhava pela televisão aos desfiles das escolas de samba. Então, com doze anos de idade, curioso e atento para compreensão de tudo que diziam em suas letras afim de reproduzir, tinha um fascínio absurdo pelo samba e abri os ouvidos para captar uma torrente de informações trazidas pelos grandes mestres das agremiações.
Mangueira, tinha (na minha visão), o melhor intérprete de todos a época, quiçá de todos os tempos, Jamelão. E eu tinha por ele grande admiração. Quando ouvi sua voz pela primeira vez, me marcou muito, a ponto de escolher a Estação Primeira de Mangueira, como preterida escola do coração.
Então, o carnaval do ano de 1988, me despertou o olhar para a história narrada em verso e prosa dentro da canção e a beleza do samba-enredo.
A grande campeã do carnaval de 88 foi Unidos de Vila Isabel, com o samba “Kizomba, Festa da Raça”, dos compositores: Rodolpho, Jonas e Luiz Carlos da Vila. A escola, com este épico samba, conquistou o seu primeiro título no consagrado carnaval do Rio de Janeiro. E em meio a tantos sambas memoráveis o samba da Vila Isabel ficou marcado na história dos épicos carnavais.
Porém, ouvir o grande mestre Jamelão, interpretando estes versos: “O negro samba O negro joga Capoeira Ele é um rei na Verde e Rosa da Mangueira” com o seu poderio de voz costumeiro mais a beleza das cores verde e rosa colorindo a avenida, me levaram a crer que a campeã teria sido a Verde e Rosa. Meu fascínio por Jamelão é como se oficializasse naquele desfile devido a beleza e comoção geral daqueles integrantes defendendo sua escola.
Acredito que a partir daí, desperta em mim um carinho e respeito enorme ao ato de compôr e que se manifestaria nos dias que se seguiriam – antes de tudo, nas redações escolares, que proporcionaram um prazer muito grande pela escrita, e em seguida da vida, anos, bem mais a frente, realizaria o desejo de compôr samba enredo. Então, aproveito para dizer sobre a oportunidade de carreira que o samba me apresentou.
A partir dos encontros da roda de samba com o pessoal do “Barra Funda Estação do Samba” que aconteceu pelos anos de 2007/08 na quadra da Associação Cultural e Social Escola de Samba Mocidade Camisa Verde e Branco, onde nos encontrávamos todas as noites de segunda-feira para uma roda de samba repleta de sambas de terreiro e partido alto, onde tínhamos nela das maiores influências vivas do samba paulista e que passaram por lá para contribuir e muito com suas obras e nos ensinando, nomes como: Ideval Anselmo, Zelão, Soró da Bahia, Marquinho Jaca, Xuxu da Baixada e muitos outros.
A partir das assíduas participações na roda de samba, recebo o convite do então Presidente da Ala de Compositores, o querido Tonó, para pertencer a Ala de Compositores da Escola Camisa Verde e Branco. E crio junto aos meus parceiros de caneta, dois sambas para concorrer a disputa dos sambas enredo dos respectivos anos a época. A melhor colocação foi com a composição do ano do centenário da Escola, onde chegamos até as quartas de final. Esta colocação para mim tinha o gosto de conquista! Duas experiências incríveis que me levaram a crer que era possível realizar o sonho de ter um dia um samba-enredo vitorioso.
Então, surge a segunda oportunidade, junto ao GRES Quilombo, escola de samba familiar da sul de São Paulo, conduzida pelo talentosíssimo amigo, Mestre Thiago Praxedes. Lá pude compôr três sambas sendo dois conquistados em primeiro lugar. O carnaval de 2015, com um samba em parceria de William Lopes numa linda homenagem a: Antônio Carlos Bernardes Gomes (o Mussum);
E o segundo, em 2016, com o tema “Quilombo em Festa no Ritual das Yabás” em mais uma linda homenagem, desta vez as orixás femininas e matriarcas do terreiro, em parceria de William Lopes e Chico Crozera, fomos agraciados com o título de melhor samba-enredo para ok carnaval de 2016 do GRES Quilombo.
Com certeza, estas experiências me despertaram um sentimento de sonho realizado e que deu ainda mais realidade ao meu viver sambístico.
“Mangueira, tinha (na minha visão), o melhor intérprete de todos a época, quiçá de todos os tempos, Jamelão.”
Matheus Luzi – Como é (e era) a realidade da comunidade com as escolas de samba em SP?
Anderson Soares – Não frequentei as escolas de samba na minha infância e juventude, como parte integrante de uma agremiação. Passo a fazê-lo mais tarde já em período de estudos na faculdade quando frequento do fim da primeira década dos 2000 até começo da segunda década dos 2000, a escola de samba Camisa Verde e Branco.
Num curto, mas importantíssimo espaço de tempo quando passo a acompanhar os ensaios na quadra da escola e frequentar a escola. Sendo um integrante dela aprendi muito sobre comunidade, união, parceria e amor a um pavilhão. As disputas dos sambas enredo foram as que mais despertavam minha atenção, o samba enredo é a parte criadora dos compositores e, sempre se dá uma disputa acirrada e saudável para conquistar o samba que irá defender sua escola na avenida.
As eliminatórias de samba enredo é um movimento lindo de se ver, tem toda a adrenalina que envolve a todos da comunidade, no fundo o que todos querem ver como resultado é o melhor samba para percorrer a avenida. E, modéstia a parte, a minha escola do coração, o Camisa Verde e Branco, deixou muitos sambas eloquentes registrados na história do samba paulista.
“[…] como disse o grande sambista Talismã: “A biografia do samba é linda!”
Matheus Luzi – Nos anos 1990, você teve contato com o projeto Samba da Vela (Zona Sul de SP), onde pode se encontrar com compositores contemporâneos à época. Em tempos de boom tecnológico, como você avalia a importância destes espaços físicos de trocas de ideias? E mais, como isso foi (e ainda é) importante para sua música?
Anderson Soares – No começo dos anos 2000, tive acesso ao antigo terreiro do Samba da Vela, situado então no Bar Ziriguidum, vizinho do atual endereço da Casa de Cultura de Santo Amaro. Lá, tinha um grande espaço e um bar ao fundo. Repare a importância que os espaços nos trazem… mesmo após tantos anos, me recordo da primeira vez que me conectei com este emblemático espaço e, abre aspas, acho que jamais me esquecerei lois chegar numa roda de samba e encontrar a Beth Carvalho ao vivo, ouvir sambas maravilhosos e de quebra fortalecer a barriga com a deliciosa sopa servida a todos, não teria como esquecer mesmo.
O terreiro de compositores da comunidade Samba da Vela, foi o divisor de águas para meus pensamentos porque o acesso direto aos grandes artistas da música brasileira, era nulo pois, em casa, não frequentávamos shows e não tínhamos acesso aos lp’s. Como eu sempre tive este fascínio pela escrita e criação dos compositores de acompanhar pelos encartes os nomes deles, ler as letras e rir com alguns engraçados nomes e codinomes que tive acesso, através dos discos na casa de minha tia Isaura, fiquei muito surpreso, então, chegar no Samba da Vela, foi como romper um tabú de que os compositores existiam fisicamente, eram de carne e osso como qualquer um.
Estar diante destes compositores foi como um “choque de realidade” e ressoou para mim como estar diante de um grande artista ao qual eu admirasse a época.
Toda a sutileza e o cuidado com que era organizada a roda de samba da Vela para que as obras fossem ouvidas, respeitosa e silenciosamente, sem nada plugado, o samba no chão, como a gente costuma dizer, soa é até hoje como motivo de grande reconhecimento a todos que fazem parte desta comunidade. Um trabalho muito generoso e digno com os compositores e poetas, os trabalhadores do samba.
A comunidade do Samba da Vela instaurou e conectou um importante canal de cultura no samba paulista e em Santo Amaro.
Então, a importância destes espaços físicos de trocas de ideias é de extrema importância para a cultura musical brasileira.
Para a minha música e vivência no samba, em particular, posso dizer que foi o Samba da Vela foi a minha primeira grande escola e sendo vizinha ao meu bairro de criação, digo com muito orgulho da importância comunidade da Vela para todos nós cidadãos que ama o samba e a música popular brasileira.
Certo dia ao voltar de uma noitada de samba daquelas, no Samba da Vela, na Casa de Cultura de Santo Amaro, que criei meu primeiro samba, intitulado: “A Voz De Um Bamba”. Este samba foi gravado em meu primeiro disco “Amor Fati”, lançado em novembro de 2021.
“Como eu sempre tive este fascínio pela escrita e criação dos compositores de acompanhar pelos encartes os nomes deles, ler as letras e rir com alguns engraçados nomes e codinomes que tive acesso, através dos discos na casa de minha tia Isaura, fiquei muito surpreso, então, chegar no Samba da Vela, foi como romper um tabú de que os compositores existiam fisicamente, eram de carne e osso como qualquer um.”
Matheus Luzi – Em quais lugares você tem espaço para apresentar sua arte e que também sente a boa apreciação do público?
Anderson Soares – Pude apresentar minha arte em lugares de São Paulo, como: a Casa Barbosa, no bairro do Bixiga, o Boteco da Dona Tati, na Barra Funda e, no extinto projeto Ação Educativa. Locais em que minha música pôde ser transmitida publicamente, pela primeira vez, a partir de dezembro de 2018. E, este público que me acompanhou e acompanha é muito querido, sou muito querido por eles também, e lhes sou muito grato. São boa parte deles amigos e frequentamos os mesmos lugares de samba e sempre que podemos trocamos conhecimentos pelas calçadas musicais da velha sampa.
A proposta agora, com o lançamento do disco “Amor Fati” – de Anderson Soares – é de penetrar um pouco mais as casas de música que apreciam e valorizam a boa música brasileira, pela criação de seus artistas paulistanos.
Matheus Luzi – Aos 26 anos, você ingressou no curso superior de Literatura. O que isso contribuiu para o seu ofício musical? E qual relação você estabelece entre a poesia e o samba?
Anderson Soares – A contribuição do curso de Letras para meu ofício musical, é enorme. E é um divisor de águas para a minha liberdade de criação. Uma, pelo fato dê logo de cedo, no primeiro ano da faculdade, me deparar com “O Samba” em carne e osso – utilizo aqui desta metáfora para descrever um pouco sobre o contato que tive com pessoas influenciadoras do samba e totalmente envolvidas a ele, pessoas que amam e respeitam o bom e velho samba, estas são importantes para minha trajetória. São pessoas como: Paulinho Timor, Railidia, Edu Batata, Paula Sanches, Cacá Sorriso e o grupo Inimigos do Batente. Estas pessoas são parte da minha trajetória, pois, recém chegado de mudança ao bairro das Perdizes, para cursar Literatura, após 26 anos de vivência em Campo Grande, bairro de Interlagos, onde nasci e fui criado, conhecer estas pessoas e tantas outras, como o amigo de faculdade Fábio Moura Duarte, foi como receber um enorme abraço do pai “Samba”. E como se ele me abraçasse e me dissesse “Bem vindo meu filho, você está no melhor lugar para aprendizado que precisas para dar seguimento a tua história”.
Então, o acesso ao curso de Literatura me proporcionou para além da academia uma mudança geográfica que me pusera em contato com parte da história do samba paulista contemporâneo. Então, posso dizer que fui apresentado, em tempo real, aos registros dos grandes mestres das letras e em consonância a isto relatar e discorrer na prática sobre os versos e prosas de um tempo de samba e literatura, inesquecíveis que fazem parte da minha trajetória de vida.
“A contribuição do curso de Letras para meu ofício musical, é enorme. E é um divisor de águas para a minha liberdade de criação.”
Matheus Luzi – Qual a importância do samba para o Brasil, para seus redutos e para o mundo? E o samba paulista, em especial?
Anderson Soares – A importância do samba para o Brasil é imensa, Incomensurável até. Por quantas cabeças de mulheres e homens o samba passa e movimenta a vida destas pessoas e, tantas são estas pessoas dentro do território nacional.
O samba gira a economia de uma parcela considerável da sociedade brasileira. Desde os músicos, funcionários das casas que recebem o samba como sendo a música que gira em sua empresa e faz a cabeça de seu público. O samba gera empregos, pois muitos músicos autodidatas têm na música e no samba seu meio de vida e o seu ganha pão. Por isso o samba é tão importante para toda a sociedade.
Os redutos de samba são muitos e espalhados pelo país, porém, posso dizer pela minha cidade São Paulo que, a realeza do samba transita nela, em todo lugar haverá o samba presente. Aqui na Vila Prudente e região, temos: o projeto Terreiro dos Compositores, a Escola de Samba Acadêmicos do Ipiranga, Samba do Olaria e, adentrando a zona leste, os redutos de samba se multiplicam as pencas.
Então, podemos dizer que a importância do samba para as sociedades, no plural, é grandiosa. Arrisco a dizer que o samba tem alcance na sociedade mundial, pois, tem samba no Japão, os japoneses são apaixonados por esta cultura e fazem samba por lá, eles mesmos e na França também. Dias atrás, conheci uma amiga que mora na França e em visita a família em São Paulo, nos reunimos para confraternizar seu aniversário, então, perguntei a ela como rola o nosso samba na França? Ela respondeu que rola super bem. Então, como disse o grande sambista Talismã: “A biografia do samba é linda!”
A importância do samba paulista é nata, em tudo o que as comunidades de samba de São Paulo produz.
Para os dias atuais o samba se espalha e tem muita força. Está espalhado por toda a cidade e desde os nossos baluartes e mestres da antiga, cabe a nós seguirmos o preceito ensinado por nossos mestres da paulicéia.
Sigamos firmes asteando a bandeira do samba. Como bem disse o sambista Casca, numa fala na música “Futuro de Glória” gravada pelo grupo “Quinteto em Branco e Preto”: “Essa é a força do samba, resistindo sempre!”
“O samba gira a economia de uma parcela considerável da sociedade brasileira. Desde os músicos, funcionários das casas que recebem o samba como sendo a música que gira em sua empresa e faz a cabeça de seu público. O samba gera empregos, pois muitos músicos autodidatas têm na música e no samba seu meio de vida e o seu ganha pão. Por isso o samba é tão importante para toda a sociedade.”
Matheus Luzi – Você lançou em 2021 o seu disco de estreia, um sonho antigo e agora realidade. Como tudo o que conversamos anteriormente está aplicado neste álbum?
Anderson Soares – “Amor Fati” é o nome do meu disco.
Ele é a realização de um sonho, sim. – “Fati” no latim, “factum” se remete ao destino mas não aodestino dito ao léu e, sim, o destino almejado e labutado e que busca o encontro aos fatos que lhe aprouver. O amor as coisas tangíveis e que são a nós sensíveis, palpáveis, sensitivas.
A escolha deste nome se remete a trajetória que vimos conversando aqui desde as relações todas com as pessoas, maravilhosas pessoas que vamos colecionando pelo caminho. Todas elas culminam de certa forma no resultado deste disco. É um grande amor ao real.
Tem nele tanto uma parcela metafísica que é sensorial e necessária para entrarmos em contato com divino, quanto a necessária parcela do “acreditar”, do “confiar” e do “entregar” ao outro a quem amamos esta parcela de ajuda, de união e confiança.
Este disco lida com isto, com o real, com pessoas incríveis e trazê-las para dentro deste “livro cantado” e tê-las por perto me ajudando a escrever este livro, é muito especial para mim e, é para toda a vida.
“‘Amor Fati’ é sobre música brasileira, suas nuances latinas e música negra mundial.”
Matheus Luzi – Eis aqui um espaço livre. Fale o que quiser!
Anderson Soares – Gostaria de agradecer a oportunidade de contar um pouco sobre minha trajetória no samba e na música brasileira.
Agradecer a todos que fazem parte do vitorioso “time fati”. Os músicos e a produção geral, e a todos os amigos que vibram positivamente a favor do nosso projeto.
“Amor Fati” é sobre música brasileira, suas nuances latinas e música negra mundial.
Agradecer especialmente ao Matheus Lúcio Nascimento, amigo e produtor musical que está sempre antenado às coisas boas pois é inspirado e voltado a receber e transmitir o bem ao próximo. Um incansável trabalhador do samba e da música e que põe em tudo esmero, cuidado e amor no que faz. Matheus está comigo desde o começo do projeto, embarcado nesta que eu diria “nave fati” que nos faz viajar nesta viagem musical.
Espero ter contribuído de alguma forma.
Muito obrigado.
Um forte abraço.
Anderson Soares
“A importância do samba para o Brasil é imensa, Incomensurável até. Por quantas cabeças de mulheres e homens o samba passa e movimenta a vida destas pessoas e, tantas são estas pessoas dentro do território nacional.”