Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 175ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Dear Misses – “1% Suckers” – (Suíça) – [MINI ENTREVISTA]
– Como você definiria essa música em geral? É uma música de rock de garagem, com muitas guitarras distorcidas e um refrão cativante.
– Qual é a sua mensagem para o mundo? Criticou o fato de que o 1% mais rico da população mundial ganha 99% de todo o dinheiro. A lacuna entre pessoas pobres e ricas se torna cada vez maior, isso não é fari e é um grande problema no mundo de hoje.
– A música parece misturar várias vertentes do rock, certo? Certo! Basicamente é garage rock com elementos de rock psicodélico, hard e glam.
– E o que há de cultura e música suíça e regional nessa música? Somos de uma pequena vila, localizada nos Alpes Suíços. A aspereza da natureza e das montanhas brilham através da nossa música, eu acho.
– Há alguma curiosidade sobre esse lançamento que você gostaria de destacar? Sim, a introdução da música é a trilha de bateria para trás, e então é mixada com a trilha de bateria para frente. Engraçado, essa batida de bateria tem o mesmo ritmo – para trás ou para frente.
Respostas de Jonas Marty, guitarrista e produtor da Dear Misses
Common Crime – “Would U Send A Signal?” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Como você definiria esta música de uma maneira geral? É uma música cativante, mas emocional. É sobre sair de casa e não olhar para trás, contado pelos olhos de um astronauta perdido no espaço. Nosso cantor, Alex, escreveu essa música depois de se mudar de sua cidade natal na Flórida para onde moramos agora, na Filadélfia!
– O que diz a letra e qual sua mensagem ao mundo? A letra é da perspectiva de alguém que saiu para o espaço e ficou preso lá. Fazer perguntas como “você enviaria um sinal?” É a nossa maneira de dizer “você se importaria se partíssemos? Você nos ajudaria a encontrar o caminho de volta?” A mensagem que estamos tentando transmitir com essa música é que às vezes sentimos esses sentimentos intensos e fortes de solidão, e qualquer pessoa que também tenha esses sentimentos pode colocar nossa música e saber que não está sozinha, porque nós sentimos o mesmo.
– Como e por que esta música surgiu? Essa música foi a primeira que escrevemos para nosso disco de estreia “Signals and Signs” (que já foi lançado!!). Foi quase como se tivesse caído do céu, tudo se juntou tão rápido. Entramos em estúdio com nosso produtor e essa música simplesmente aconteceu, quase como se fosse sozinha. Ficamos instantaneamente entusiasmados com isso, e isso nos levou a escrever cada vez mais!
– O que há da música e cultura americana nesta música? Sinto que sair de casa o mais cedo possível é uma tradição muito americana. Tenho notado que em outros lugares do mundo as unidades familiares muitas vezes permanecem juntas pelo maior tempo possível. É muito comum nos Estados Unidos buscar a independência o mais rápido possível. Muitas pessoas saem da casa dos pais aos 18 anos. Essa música é sobre sair de casa e sentir aquela verdadeira sensação de independência. Embora já tenhamos passado dos 18 anos, a experiência é a mesma!
– Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você queira destacar? Gostaríamos de salientar que embora este tenha sido o último single que lançamos junto com o nosso disco, foi a música que deu início a todas as outras. Esta foi a primeira música que escrevemos que parecia nossa. Todas as coisas se encaixaram imediatamente depois!
Agora que “Signals and Signs” foi lançado no mundo, esperamos voltar ao estúdio de gravação antes do final deste ano e começar a trabalhar em nosso próximo lote de músicas! Esperamos que você tenha notícias nossas novamente em breve! Amor ao Brasil, do Crime Comum! Obrigado por ouvir!
Respostas Common Crime
Tilda King – “You’re A Big Shot” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– O que a música diz e qual é sua mensagem? A música tem o objetivo de capturar o estranho conflito entre o desejo incontrolável de alguém por celebridade e sucesso, ao mesmo tempo em que compreende intelectualmente que esse sucesso é, em última análise, vazio, superficial e talvez até sem sentido.
– Como e por que essa música nasceu? Nate Conway, que escreveu a letra e a música, baseou-a em uma conversa que tivemos no estúdio. Eu estava contando a ele sobre as festas que participei em Beverly Hills e como me senti em conflito com a perspectiva de fama e sucesso na indústria fonográfica. Tudo parece um monte de besteira, mas ainda assim você quer muito isso.
– Musicalmente, como você a descreve? Acho que a música tem uma qualidade fantasmagórica. Minha voz é sussurrada e sutil em alguns momentos, mas em outros é super intensa. Estou apenas tentando captar a complexidade das letras do Nate. E então Nate coloca toda essa orquestração que cria esse som realmente exuberante.
Respostas Tilda King
Japan Man – “Keep Calm And Carry On” – (Reino Unido) – [MINI ENTREVISTA]
– Como você definiria essa música em geral? Esta música é uma tentativa de simplificar o tipo de música que fazíamos anteriormente, e é uma música que fala sobre a resiliência do espírito humano em certas condições.
– O que diz a letra e qual é a sua mensagem para o mundo? A letra fala de uma pessoa em uma situação em que coisas voláteis acontecem continuamente. Essa pessoa tenta desafiar a fúria, a loucura, mas não cede nem desiste. Apresenta tanta energia que acaba derrotando a pessoa em questão e, por sua vez, a única forma de sobrevivência é manter a calma e seguir em frente. É claro que há um espesso véu de ironia na letra, ao dizer isso, mas com um sentimento de resignação. A letra não menciona uma situação específica (embora seja baseada em uma situação muito específica), mas o sentimento é mais universal e, como tal, pode realmente ser encontrado em uma infinidade de situações.
– Como e por que essa música surgiu? Julian inicialmente escreveu a música por acaso, e quando Julian e Letty se juntaram para gravar música, achamos que combinava com o Japão, o mundo do homem.
Respostas Japan Man
David O’Leary – “Wish I Could Go Back” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– O que é esta música? O que ela diz e qual sua mensagem? A música é sobre saudade, arrependimento e um sentimento de nostalgia pelo passado ou coisas passadas. É uma peça introspectiva de música que esperançosamente ressoará com qualquer um que tenha sentimentos de nostalgia ou arrependimento. Ela expressa o desejo de voltar e corrigir erros do passado. Ela também expressa que universalmente como humanos todos nós experimentamos esses sentimentos. Então, embora possamos nos sentir sozinhos nesses sentimentos, na verdade não estamos.
– Tente descreva “Wish I Could Go Back” musicalmente? Musicalmente, suas influências são hard rock clássico fundido com arranjos orquestrais modernos. Os refrões são melódicos e cantáveis. A produção é moderna e clara. A música e os vocais devem retratar um sentimento de saudade e arrependimento.
– Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você queira destacar? O mais curioso sobre o lançamento é que é a primeira música que escrevi e gravei desde 1999. Estudei gravação de áudio, composição musical e teoria, mas parei de escrever música para seguir carreira em software de computador. Este lançamento foi mais um experimento para ver se eu ainda conseguia escrever música e gravar música de qualidade boa o suficiente para agradar aos ouvintes.
Respostas David O’Leary