21 de março de 2025

“Sertão Oriente”, álbum no qual é possível a música nordestina e japonesa caminharem juntas

A cultura musical brasileira e japonesa se encontram no álbum de estreia da cantora, compositora e arranjadora nipo-brasileira Regina Kinjo, que diz: “Sou uma artista amarela, nipo-nordestina. Meu DNA é metade cearense e metade japonês.” E com esta proposta o álbum recebeu o nome de “Sertão Oriente”, previsto para ser lançado no final de outubro de 2024. Porém, a segunda faixa do trabalho já está disponível nas plataformas de streaming em formato de single e clipe, a partir deste 23 de outubro. A faixa é “Eu Não Me Canso De Dizer”, com letra e melodia da artista, com aprimoramento da letra pelas mãos de Jefferson Portela, também responsável pela produção musical.

A música, que teve o clipe gravado nas dunas da Sabiaguaba (Fortaleza-CE), surgiu ao final de um dia de trabalho árduo, e foi registrado inicialmente no gravador de um celular. “A letra fala da tentativa de sufocar um amor, diante de tantas decepções da vida, e, mesmo com medo de sofrer novas decepções, o amor não se cala nem se sufoca, como fala o refrão: eu não me canso de dizer eu amo você.”, contou ela. “Eu Não Me Canso de Dizer” é percebida facilmente como uma canção dentro do movimento Nova MPB, muito próximo de canções de artistas como Anavitória e Marisa Monte.

O lançamento dá continuidade à uma carreira iniciada na adolescência como cantora e arranjadora. Em seu estado natal, o Ceará, a artista de Fortaleza participou de grupos vocais, entre eles o importante Grupo AME, regido pelo maestro Tarcísio José de Lima, com o qual esteve em turnês no Nordeste e gravou CD e DVD, além de shows em importantes espaços como o Teatro José de Alencar, Teatro Marista, Anfiteatro do Centro Cultural Dragão do Mar, e outros.

Com “Eu Não Me Canso De Dizer”, Regina Kinjo tem 15 singles disponíveis nas plataformas de streaming, sendo o primeiro lançado em 2019. Dentre eles, duas gravações de 2022 tiveram maior destaque: uma versão de vozes e percussão do clássico nordestino “Flor de Mamulengo” e uma releitura moderna de “Negue”, clássico conhecido nas vozes de Nelson Gonçalves e Maria Bethânia. No mesmo ano, lançou o EP autoral “Colho Versos” junto com o show homônimo, marcado pela inserção do teatro, das artes cênicas.

Em 2023, estreou o show “Rita Lee: Todas as Mulheres do Mundo”, e com shows em Sobral, Fortaleza e São Paulo celebrou com releituras a vida e a obra de Rita Lee, em especial as que foram censuradas no período da ditadura militar. Ainda em 2023, iniciou o show “Mar Aberto”, parceria com o compositor e pianista paulistano Luís Felipe Gama que passou pelas cidades de São Paulo e Fortaleza, e gerou lançamentos discográficos em 2024, ano em que ela também estreou o espetáculo “Regina Kinjo – Sertão Oriente” no Cineteatro São Luiz, onde apresentou intervenções artísticas e a proposta de unir as cultura nordestina e japonesa.

“Eu Não Me Canso De Dizer” é o atalho para conhecer esta ousada ideia de Regina Kinjo. Escute em todas as plataformas digitais.

Mais sobre regina kinjo

Além da música tradicional japonesa e a música clássica, apresentadas à Regina Kinjo por meio do seu pai, a artista tem como referências grandes nomes da MPB, como Marisa Monte, Gal Costa, Rita Lee, Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre outros. A música nordestina cearense é outra inspiração importante, ela cita alguns, como Quinteto Agreste, Luis Fidelis, Edmar Gonçalvez.

Recentemente, a artista recebeu o prêmio de melhor intérprete no importante Festival de Inverno da Meruoca (2024), e participou neste mesmo ano do Festival Barulhinho Delas, realizado no Estação das Artes, em Fortaleza.

Regina Kinjo também é formada em medicina pela Universidade Federal do Ceará, em 2008, e atua como médica pediatra neonatologista no segmento público e privado.

Ficha técnica

Compositores: Regina Kinjo e Jefferson Portela

Produção musical: Jefferson Portela

Baixo e violões: Joel Chagas

Percussão, assobio, pads, efeitos e teclados: Jefferson Portela.

Mixagem e masterização: Anfrisio Rocha

Fotografia da capa: Tim Oliveira

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