6 de outubro de 2024
Google News Lupa na Canção

Samba raiz paulistano; Música de boêmio; Pop radiofônico e libertador; Amor que só brasileiro sabe sentir; Maternidade afoxé/pop [lupa na canção #28]

Muitas sugestões musicais chegam até nós, mas nem todas estarão aqui. Bem vindos ao Lupa na Canção!

Esta é uma lista de novidades lançadas recentemente, de diferentes temáticas e gêneros musicais. Dificilmente você verá no Lupa canções do mainstream. A ideia é apresentar com uma “lupa” coisas novas e alternativas aos grandes sucessos, afinal é este uma das missões da Revista.

É importante ressaltar que as posições são aleatórias, não indicando que uma seja melhor que a outra.

Samba raiz paulistano desde 2006; Samba DÁ Cultura celebra 18 anos de existência com EP audiovisual

Para começo de conversa, quem é o Samba DÁ Cultura?

É uma comunidade de samba do extremo sul da capital paulistana, criada em 2006.

Este EP celebra os 18 anos do grupo. O que rolou nestes anos?

Prestes a completar 18 anos e sem ter material gravado como EP, single, videoclipes e audiovisual, aproveitamos a oportunidade para lançar esses materiais. Nos 18 anos de existência nos apresentamos em diversos espaços e agendas culturais da capital paulistana, além de matérias para Rede TVT e SPTV (Globo).

Qual a proposta musical e poética do EP?

A proposta do coletivo é expandir a bandeira do samba raiz, com muito partido alto e sambas cantados em coro, trazendo canções dos integrantes em parcerias com outros compositores da periferia.

Deixem e comentem uma ou duas faixas para o público iniciar neste EP.

A faixa de trabalho do EP com 4 sambas é “Nosso Quintal (cabo da colher)” que inclusive tem um videoclipe lançado em nosso canal oficial.

Há alguma curiosidade sobre este lançamento que vocês queiram destacar?

Em homenagem aos 18 anos, lançaremos no 2º semestre 1 single e audiovisual.

Respostas de Emerson Nehgo integrante fundando/produtor

Duas faixas disponíveis nas playlists “O Samba do Século XXI – Novos Lançamentos” e “Brasil Sem Fronteiras…”

Leo Frangioni vive o boteco com alegria e boemia no samba autoral e inédito “Rosângela”

Com quais palavras você pode apresentar este lançamento?

Alegria e boemia são as principais palavras às quais essa música me remete, por ser uma canção contagiante que tem uma ambientação clara de boteco. Não consigo ouvir essa música sem ter vontade de cantar e esboçar um sorriso no rosto, é uma energia que te joga pra cima.

O que você canta nos versos e qual sua mensagem?

Eu canto uma história baseada numa série de acontecimentos que se passaram durante a pandemia, numa viagem que fiz com alguns amigos, para nos isolarmos em boa companhia, para o litoral norte de São Paulo. Houveram algumas interações e hábitos rotineiros durante esse tempo que marcaram esse momento da minha vida, e eu escrevi a letra pensando em formas enigmáticas e metafóricas de contar o que havia acontecido. Os versos soam confusos e desconexos, e por isso gera uma intriga e um mistério em volta do enredo. A canção também serve como uma recordação da viagem, de tudo que se passou num contexto que dificilmente virá a acontecer novamente.

Qual a história por trás da composição?

Se fosse contar cada história que foi retratada na letra, a entrevista não teria fim. Além disso, o conceito sempre foi manter um mistério em relação ao fatos concretos, novamente remetendo ao contexto do bar que é repleto de histórias mal contadas. 

Como você define a sonoridade da música?

É uma sonoridade natural e emblemática, remetendo a rodas de samba de botecos fuleiros. Tanto na escolha de instrumentos, que é o violão, cavaquinho e percussão, que são os principais elementos numa roda, quanto na ambientação. Gravamos um rolê todo num bar e utilizamos as gravações de conversas reais, brindes e sons de rua na música para criar esses espaço naturalmente. Além disso, incluímos um grupo grande de amigos cantando junto, batendo palma e se divertindo pra aprofundar na ideia da roda de samba, porque as rodas mais legais são as que todos cantam junto.

Há alguma curiosidade sobre o lançamento que você queira destacar?

Esse foi o primeiro samba que eu compus, sem entender muito bem como compor um samba. Utilizei uma cadência harmônica bem clássica e fui de ouvido juntando as ideias de letra que eu tinha numa melodia. Já lancei essa música numa versão ao vivo em 2022 mas com uma proposta diferente. Ao invés da pegada de roda de samba, eu queria puxar para um lado mais jazz, de improviso e conversa entre os instrumentos. Quando tive a chance de gravar a versão estúdio, quis trazer de volta o sentimento que foi escrever o meu primeiro samba pra colocar essa energia na produção.

Respostas de Leo Frangioni

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

Todo mundo é “instável”, diz Nayssa em pop radiofônico e libertador

Com quais palavras você pode apresentar este lançamento?

Vulnerabilidade, instabilidade, emoções, identidade e auto aceitação

O que você canta nos versos e qual sua mensagem?

Nos versos eu falo sobre todos os meus estados de humor e transmito a mensagem que devemos nos permitir sentir nossas emoções.

Qual a fonte de inspiração desta composição?

Eu tentei expressar através dessa música a minha pluralidade, mostrando quem eu realmente sou.

O que representa o clipe?

Ao meu ver o clipe representa a sensação de liberdade que eu tenho quando eu sou eu mesma, aceitando a minha pluralidade.

O que “Instável” diz sobre a sua geração?

Eu acho que ser instável não é reservado somente a minha geração, acreditando que todo mundo possa ser instável pelo menos um pouquinho, como dito na último verso da minha canção. É uma música onde todas as idades poderão se identificar.

Respostas de Nayssa

Disponível nas playlists “Novidades da Música Pop Nacional” e “Brasil Sem Fronteiras…”

Novo som de PECI é “uma declaração de amor” que “só o brasileiro sabe sentir”

Com quais palavras você pode apresentar este lançamento?

Leveza, paixão e brasilidade

Qual a mensagem da faixa?

É uma declaração de amor! A felicidade da chegada da pessoa que você ama.

Qual a fonte de inspiração desta composição?

Ela foi composta em conjunto com o JARDS, Mara Marques, Gabriel Zoldan, D’Lucca e MARI DK. Fizemos pensando no carinho e no amor que só o brasileiro sabe sentir.

Qual a proposta do clipe?

O clipe é uma ilustração da sensação de estar apaixonado

O que esta música diz sobre você e sua carreira e seu primeiro EP?

É o abre-alas pra uma celebração da música brasileira

Respostas de PECI

Disponível nas playlists “Novidades da Música Pop Nacional” e “Brasil Sem Fronteiras…”

Um amor que é certo; Jo Pratta canta sua bem aventurada maternidade na afoxé-pop canção “Meu Sol”

Resuma este lançamento em poucas palavras, imagine que está apresentando a música a um amigo.

“Meu Sol” é uma canção profundamente pessoal e emocionante que compus e gravei para o meu filho. Ela celebra o amor incondicional e a luz que ele trouxe para minha vida, especialmente após uma fase difícil de depressão na gravidez. Tornar-se mãe é um processo contínuo cheio de dificuldades e desafios, e pra mim, essa canção é uma homenagem à capacidade transformadora do amor e da esperança.

Qual a mensagem de “Meu Sol”?

A mensagem de “Meu Sol” é sobre encontrar luz e força nos momentos mais sombrios. Meu filho nasceu durante a pandemia de Covid-19 e essa canção fala sobre o impacto positivo que meu filho, Ekko, teve na minha vida, trazendo alegria e curando feridas emocionais. É um tributo à pureza e ao poder do amor entre mãe e filho, mostrando como a chegada de uma nova vida pode transformar e iluminar até os períodos mais difíceis.

Qual a proposta musical?

Musicalmente, “Meu Sol” combina elementos de afoxé e pop acústico com arranjos vocais suaves e melódicos, criando uma atmosfera animada, porém acolhedora. A proposta é transmitir a alegria, a sinceridade e a profundidade dos sentimentos através de uma interpretação vocal emotiva, acompanhada por beats eletrônicos que destacam a letra e a mensagem da canção.

E o clipe, o que diz?

O clipe de “Meu Sol” é uma extensão visual da mensagem da música. O mini clipe vertical retrata momentos íntimos e ternos entre mãe e filho, capturando a simplicidade e a beleza do vínculo entre os dois. Há também cenas onde eu danço sob o sol, celebrando o aspecto dançante da música. As cenas são delicadas e iluminadas, simbolizando a luz e a esperança que meu filho trouxe para minha vida. É uma celebração visual do amor e da alegria que ele representa.

Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você queira destacar?

Uma curiosidade sobre “Meu Sol” é que a canção foi escrita durante noites em claro enquanto cuidava do meu filho recém-nascido. Essas horas (in)quietas e contemplativas se tornaram momentos de inspiração profunda, permitindo que eu canalizasse todas as emoções e experiências da maternidade para a composição. Além disso, a gravação foi feita de maneira muito íntima, com a participação do meu marido na guitarra e do meu filho, Ekko, cujos sons e risos podem ser ouvidos em alguns trechos da música, tornando-a ainda mais especial e autêntica.

“Meu Sol” faz parte do repertório do meu show e irei cantá-la ao vivo no dia 6 de Junho, na Eco Som, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Ingressos à venda no site da Sympla.

Respostas de Jo Pratta

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

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Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.