Muitas sugestões musicais chegam até nós, mas nem todas estarão aqui. Bem vindos ao Lupa na Canção!
Esta é uma lista de novidades lançadas recentemente, de diferentes temáticas e gêneros musicais. Dificilmente você verá no Lupa canções do mainstream. A ideia é apresentar com uma “lupa” coisas novas e alternativas aos grandes sucessos, afinal é este uma das missões da Revista.
É importante ressaltar que as posições são aleatórias, não indicando que uma seja melhor que a outra.
Capital paulista recebe diferente homenagem de Vivi Rocha em “Inferno Astral”
À princípio, diga o que é resumidamente esse lançamento?
“Inferno Astral” é o primeiro single que lanço depois do álbum “Impermanente”. É uma canção que já tinha entrado nos shows do álbum anterior, mas ainda não tinha sido gravada.
Como surgiu a música, o que a inspirou?
É uma canção em homenagem a São Paulo e a essa relação de amor e ódio que quem vive aqui tem com a cidade. Durante a pandemia, eu, que nasci e vivi a maior parte da vida em São Paulo, fui morar no mato. Quando eu voltei, me deu vontade de celebrar a nova fase com uma canção. Um dia, eu estava andando na Paulista quando pensei nos riscos que eu corria estando aqui: o barulho, a poluição, os afetos. Anotei a ideia e ela acabou virando “Inferno Astral”.
O que você canta, qual sua mensagem?
Acho que a canção fala dos riscos que a gente corre numa cidade como essa. Tem tanta coisa difícil, mas também tem possibilidades bonitas, especialmente se a gente pensar nas pessoas que a gente pode encontrar por aqui. Pra mim, esse é o ponto principal tanto de viver em São Paulo quanto da música em si.
Quanto ao clipe, qual seu intuito e ideia?
A ideia era sobrepor imagens da cidade, contrapondo o caos ao que é bonito e interessante.
Há algo de curioso sobre o lançamento que você queira destacar?
Para esse lançamento eu acabei entrevistando algumas pessoas perguntando o melhor e o pior de São Paulo e tivemos respostas maravilhosas, todas diferentes! De pão na chapa à diversidade, passando pelo caos e pelas belezas que só quem mora aqui vê.
Respostas de Vivi Rocha
Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”
Epifania inaugura o “Lofi Funk Brasileiro”
Qual a melhor descrição desse lançamento?
“tudo que existe” é o começo de um novo gênero, o LOFI FUNK BRASILEIRO, que mistura a vibe do lofi hiphop com a batida do funk pra criar algo completamente novo. Um beat que ainda te permite estudar e relaxar, mas também possibilita andar por aí, aproveitar o mundo, socializar, e até dançar.
O que inspirou a composição?
As composições desse projeto são inspiradas na MPB, e também em artistas brasileiros menos conhecidos dos anos 60 aos 90. A estética de músicas mais simples e curtas foi inspirada no produtor Tomppabeats, e seu álbum “Harbor”, um ícone do lofi hiphop mundial.
O que diz a música, qual seu tema?
A música fala sobre tudo que existe e a gente ainda não sabe, nem ouve dizer! Ou seja, o lofi funk brasil!
Reflita sobre a musicalidade.
o lofi funk sempre foi visto como uma batida padrão de hiphop com algum vocal de funk por cima. Com essa mudança de bpm e do groove, e da verdadeira mistura de lofi hiphop com funk brasileiro, esse novo subgênero foi criado. Esse som é exclusivo até então, e ninguém tem nada parecido.
Há algo de curioso que você queira destacar?
também estou fazendo clipes mostrando a verdadeira vivência brasileira, adicionando animações para criar uma estética mixed media!
Respostas de Epifania
Atualmente no Japão, Akayama joao segue em frente no single “We rise again”
Qual a melhor descrição dessa música, seu conceito geral?
“We Rise Again” é uma canção sobre superação, força interior e resiliência. A música traz uma mensagem inspiradora de que, mesmo após as quedas e desafios da vida, sempre temos a capacidade de nos reerguer e seguir em frente. Com uma melodia envolvente e uma atmosfera motivadora, ela reflete a jornada de transformação pessoal e esperança.
O que especificamente você diz na letra da música, e qual sua mensagem?
A letra fala sobre momentos difíceis, perdas e obstáculos, mas reforça que sempre há uma nova chance para recomeçar. A mensagem principal é que, independentemente das dificuldades, a vida continua e cada um tem dentro de si a força necessária para se levantar e seguir adiante.
O que originou a composição?
A inspiração para “We Rise Again” veio de experiências pessoais e da observação de pessoas ao meu redor que enfrentaram desafios e conseguiram dar a volta por cima. É uma canção que nasceu da necessidade de transmitir motivação e esperança para quem precisa de um impulso para seguir em frente.
Há algo de curioso sobre o lançamento que você queira destacar?
Essa música representa um momento muito especial da minha carreira, pois carrega uma mensagem universal e atemporal. Além disso, sua sonoridade traz influências de diferentes estilos, criando uma conexão emocional forte com quem a ouve.
Quem é o artista Akayama João?
Sou um músico e compositor brasileiro, atualmente morando no Japão. Tenho uma trajetória com mais de 200 lançamentos nas plataformas digitais e busco sempre criar músicas que toquem as pessoas emocionalmente. Minha arte é inspirada em experiências de vida, emoções profundas e na conexão que a música pode proporcionar entre as pessoas.
Respostas de Akayama Joao
Fusão de reggae com jazz marca a sonoridade de “Surya”, da banda Anjos Da Cara Suja
O que originou a música?
A música “Surya” se originou quando eu morei na Bahia em 1984 a trabalho, acordei e abri a porta da casa onde eu morava, o sol estava brilhante, muito bonito, ia para uma gravação com Edson Gomes, tinha deixado tudo em São Paulo para viver da musica lá, e passava por algumas dificuldades como todo inicio de carreira, nesse contexto de lutas e duvidas me veio essa letra na cabeça.
A letra, o que diz e qual sua mensagem, afinal?
O single é uma celebração da luz, em uma clara alusão ao sol – “Surya” em sânscrito – e à jornada interior de elevação espiritual, é tanto uma homenagem ao nome artístico de Gerson quanto uma metáfora para a sua visão de arte como fonte de luz e renovação.
Musicalmente, como vocês a descrevem?
Uma fusão de reggae com jazz; A faixa é uma fusão única de sonoridades que transitam entre o orgânico e o etéreo, com melodias cativantes e uma produção refinada.
O que a arte de capa da música representa?
A arte da capa é a apresentação dos “Anjos da Cara Suja’’ para o mundo, essa mistura musical que transita entre a musica urbana a finesse do jazz e letras profundas que questionam a própria existência e muitas outras questões profundas do nosso ser.
Respostas de Eduardo (produtor da banda)
KRAD crava luta interna e reconstrução no single “Visualize”
O que originou a música?
“Visualize” surgiu num momento de exaustão total. Aquela sensação de estar preso num loop de pensamentos sombrios, tentando encontrar uma saída. Foi um processo bem visceral – o instrumental veio para traduzir esse peso, essa luta interna. Queríamos que a música soasse intensa e densa, quase como se estivesse engolindo o ouvinte.
A letra, o que diz e qual sua mensagem, afinal?
A letra fala sobre o desgaste mental e aquele ponto em que parece que não tem mais volta. É sobre tentar manter o controle quando tudo ao redor está desmoronando. Mas, no fundo, Visualize também traz uma ideia de reconstrução, de que mesmo no meio do caos, ainda dá pra achar um caminho.
Musicalmente, como vocês a descrevem?
O som é arrastado, pesado e com um clima bem denso. O riff principal tem essa pegada hipnótica e grandiosa, que lembra a forma como Kashmir, do Led Zeppelin, constrói aquela progressão repetitiva e envolvente. A ideia era criar essa sensação de algo contínuo, meio hipnótico. Ao mesmo tempo, misturamos influências do metal moderno, trazendo um clima sombrio e expansivo que cresce ao longo da música.
E o clipe, o que ele representa?
O clipe traduz visualmente essa sensação de prisão mental e desgaste. É escuro, opressivo e passa exatamente essa tensão da música. Foi mais uma parceria com o diretor Júlio Ideias, que conseguiu transformar essa vibe em algo visualmente forte e imersivo. A ideia é fazer o espectador sentir esse peso e entrar nesse universo intenso da música.
Há algo de curioso que vocês queiram destacar?
A gravação foi intensa – a gente queria capturar a crueza da música sem perder sua complexidade. Alguns takes foram feitos de forma espontânea, bem orgânicos, pra manter a emoção real. E ter o Brian Lucey na masterização foi essencial pra trazer aquele peso absurdo, o mesmo tipo de pegada que ele já colocou em bandas como Ghost e Arctic Monkeys.
Respostas de Rogério Vaz (KRAD)