Durante anos a ignorância era atribuída a falta de conhecimento e estudo. Mas não ter conhecimento ou estudo não é uma condição. Nenhuma pessoa escolhe estar nessa condição.
Para muitos a ignorância tem duas vias, a desinformação e má informação. Segundo alguns dicionários a ignorância é o estado de quem não está a par da existência ou ocorrência de algo.
Mas a gente pode mudar tudo isso buscando conhecimento, através de cursos, rodas de conversas, eventos culturais, documentários, jornais, revistas, blogues. Enfim, existem vários meios, basta procurar. Os livros são um ótimo exemplo disso.
Mas infelizmente no Brasil parece que o livro tem ficado de lado. Pois segundo dados da Unesco em nosso país fecha-se a cada três dias uma livraria. Ou seja, perde-se conhecimento. Então concluo que no nosso país conhecimento não é essencial. Amanhã e depois, o que será fechado às escolas? Não seria a hora de fazer algo para que esse cenário triste mude?
A consciência não parte só dos governantes e sim de toda população. Povo sem instrução não conhece seus direitos, quiçá sabe conversar e até mesmo votar corretamente.
Eu vejo os livros como portas para novos mundos. A educação em si nos dá novos horizontes.
Vejamos o caso da educação feminina:
O período patriarcal no Brasil e no mundo tinham regras rígidas que impediam as mulheres de estudarem ou trabalharem.
E bem sabemos que mulher com conhecimento é mulher independente, o que sempre foi péssimo para a sociedade machista.
Nos séculos anteriores, as mulheres eram proibidas de estudar, só tinham como alternativas os conventos. Mas para estarem nos conventos elas tinham que ter boas condições financeiras para permanecerem ali e por essa razão muitas meninas ficavam fora das escolas.
Nada fácil a educação no Brasil, no período colonial as primeiras escolas foram criadas pelos jesuítas e essas escolas só podiam ser frequentadas por meninos. Mas após a independência em 1822, com uma lei criada em 1827, o império concedeu às meninas a chance de irem às escolas.
Hoje vemos mulheres ocupando muitos espaços e trazendo para o país todo conhecimento adquirido ao longo do tempo.
Artigo de Clarisse da Costa