(Foto/Divulgação)
O conceito do nome do EP “Prisioneiro” foi inspirado em um trecho do filme “Blade Runner”, de 1982 e dirigido por Ridley Scott. O trecho em questão traduzido para o português é “Uma experiência e tanto viver com medo, não é? Isso é o que é ser um escravo.”
“Viver com medo de perder o emprego, viver com medo de sair de casa e não voltar, viver com medo do presente, assombrado pelo passado, incerto quanto ao futuro. Somos todos de certo ponto prisioneiros dos nossos medos e segredos.”, comenta Daniel Massa, vocalista e guitarrista da banda.
Para os integrantes do grupo, “Prisioneiro” é um som cru, visceral, mas que não deixa a beleza da canção e de sua energia serem afetadas. “Isso é mérito dos irmãos mais rock n’roll que conhecemos, Lucas e Diogo Macedo, que produziram o trabalho com toda a estrutura que encontramos na Toca do Bandido, estúdio onde gravamos e que foi construído pelo lendário produtor Tom Capone”, explica…..
A INTENÇÃO DE “PRISIONEIRO” É mostrar que o rock nacional está pulsando e mais do que vivo, apesar de um pouco “oculto”. Para Roger Daltrey (vocalista da The Who), o rock se compara muito com o jazz, por serem gêneros segmentados, e que apesar de tudo já ter sido feito, não tem fim. Os caras da Lambretta levam essas sábias palavras no coração.
“A diferença é que, antes, em outra época, o rock era a música que fazia sucesso, ia até as pessoas. Hoje, você tem que ir atrás dele. O rock voltou a ser uma música de nicho, como já foi antigamente, aliás. A mensagem do nosso EP de estreia é de que o rock respira, há sangue novo e, modéstia a parte, não há nada mais divertido do que estar em um show de rock.”, comenta Daniel.
Nessa vibe, os artistas enxergam a atitude um dos símbolos do rock. “A gente quer produzir o trabalho, divulgar, filmar clipe e correr atrás. Outras bandas vêm fazendo isso, como O Mazzeron, que acaba de lançar o clipe de “Meninas de Albarã”, versão para a canção de Zé Ramalho, e o Folks, que divulgou esse mês o vídeo de “Sobre Viver”.
TIME DE PESO
Para fortalecer as novas gerações do rock, a banda teve, desde o princípio, a ideia de recrutar uma galera de peso, um verdadeiro exército do rock brasileiro. Entre os participantes das gravações está Bruno Gouveia (Biquini Cavadão), Maurício Barros e Fernando Magalhães (tecladista e guitarrista do Barão Vermelho), Fabiano Carelli e Robledo Silva (guitarrista e tecladista do Capital Inicial), Luana Camarah (Malta), Jimmy London (ex-vocalista do Matanza), Egypcio (ex-vocalista do Tihuana) e o ator Emílio Dantas.
“No caso do Zeca Baleiro, sempre foi um dos nossos compositores favoritos. Pela criatividade das canções e pela forma coerente como conduz à carreira. Foi um grande privilégio e tudo aconteceu com uma ajuda do destino. Não tínhamos nem o contato dele e descobrimos meio que por intuição o e-mail. Enviamos sem muita esperança e veio a surpresa. Ele rapidamente respondeu dizendo que gostou e topava o convite. Um gesto generoso e que só aumentou a nossa admiração por ele. São poucos os artistas do gabarito do Zeca que dão força para artistas novos”, comenta Daniel.