Há algum tempo eu publiquei sobre este mesmo assunto, porém, do ponto de vista profissional e literário. Foi mais ou menos como uma análise dos instapoetas e do conteúdo artístico em si.
Mas agora senti necessidade de dissertar sobre o lado bom da literatura nas redes sociais, na internet como um todo. E aí: com o que (ou quem) a arte literária virtual contribui?
O ponta pé inicial dessa discussão deita raízes no consumo de leitura do brasileiro, que é muito baixo se comparado com outros países da própria América Latina.
Quase ninguém lê ou quase todo mundo lê pouco. A internet surge para facilitar (e muito) a vida daqueles que nunca tiveram a leitura como hábito ou forma de entretenimento.
Não é incomum rolar o feed e nos depararmos com um texto ou frase sobre positividade e afins. Sem adentrar na qualidade literária do conteúdo em si, nós temos literatura; e mais do que isso: nós temos o consumo de literatura.
É uma catarse imaginar o jovem que não teve acesso à educação de qualidade lendo um texto sobre superação, ou quem sabe, algo que tenha como escopo alegrar o dia de alguém. Leitura é leitura. Leitura é conhecimento. E conhecimento é liberdade.
Portanto, abracemos a inclusão literária virtual, pois ela oferece a oportunidade de leitura e de aprendizado a todos, de forma universal e igualitária. A leitura deve ser incentivada e fomentada. Um cérebro sem conteúdo é um cérebro desperdiçado.