Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”. Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 210ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes que nos são apresentados.
Até o primeiro semestre de 2024 publicávamos também no formato de texto corrido, produzido pela redação da Arte Brasileira. Contudo, decidimos publicar apenas no formato minientrevista, em resposta aos pedidos de parte significativa dos nossos leitores.
Cam Be e Simone Yael – “Master P Funk” – (EUA)
– O som de “Master P Funk” é uma referência a qual momento da história da música e que novidades vocês trouxeram nesse sentido? Master P Funk é o primeiro single do meu novo projeto musical “New Vibes For Old Souls”. Estou misturando gêneros antigos de soul e funk com um novo som, um som de hip-hop no século XXI. “Master P Funk” é uma ode ao P Funk (Parliament-Funkadelic) e criado na mesma veia de algumas de suas músicas, mas também se mistura com uma estética dos anos 90, daí “Master P”, mas em um som do século XXI sonoramente.
– Em que condições essa composição nasceu? O que a arte da capa da música representa? Todas as minhas músicas são gravadas no meu estúdio em casa em Chicago, a faixa foi produzida por mim. Simone Yael ofereceu sua bela voz para a faixa. A guitarra foi fornecida por Aaron Day e a maravilhosa linha de baixo foi tocada por Joshua Griffin.
– O que representa a arte de capa da música? A arte da capa foi uma obra de arte de Lonnie Edwards, um artista de Chicago cujo trabalho eu amo. Para mim, eu vi a vida negra na América.
Respostas Cam Be e Simone Yael
Cuneiform – “Animation” – (EUA)
– O que diz a letra da canção e o que ela retrata? A música Animation do nosso álbum Dark New Reward é sobre solipsismo, levado o mais longe possível — a crença de que só existe uma pessoa real no mundo: eu.
– O que inspirou esta composição? É um pedaço do disco geral, inspirado no veneno do individualismo violento americano e nos grandes lançamentos da Interscope Records dos anos 90.
– O que representa a capa da música? A capa de Dark New Reward foi desenhada por Helvetica Blanc – uma grande artista e colaboradora. O arco da vitória com baixos-relevos dos elementos representando delírios de poder e violência, e finalmente loucura
– Vocês creem terem trazido algo de novo para o rock n roll? Este álbum é desafiadoramente anti-playlist, expressando meu tédio total com a direção do rock pós-punk, industrial e darkwave que é popular agora. Esses gêneros costumavam ser sobre liberdade e experimentação, mas agora são principalmente um traje de estilo de vida
– Por fim, o que esta música diz sobre a banda? Nós somos a melhor banda da cidade de Nova York.
Respostas Cuneiform
Ichinomoto Yu – “Go’ward!” – (Japão)
– Você consegue nos definir o conceito geral da música? “Go’ward!” é uma música carregada de energia positiva e determinação. O conceito central é enfrentar desafios, continuar avançando e seguir em direção ao futuro. Esta obra foi criada com a intenção de ser uma força motriz para aqueles que buscam um novo estágio em suas vidas.
– Qual realidade a canção retrata na letra e qual sua mensagem? A letra destaca a importância de não desistir, mesmo quando confrontado com dificuldades. Na realidade, muitos obstáculos surgem, mas a mensagem principal da canção é que superar essas barreiras é essencial para alcançar o futuro. O fracasso e os desafios fazem parte da vida, mas é através deles que crescemos e avançamos.
– O que inspirou a composição? A inspiração veio de minhas experiências pessoais e dos desafios que enfrentei. Trabalhando com música através de IA, encontro muitas vezes limitações técnicas, e é impossível reproduzir exatamente o que imagino. Isso me obriga a fazer concessões, mas o processo de superar essas dificuldades se torna uma grande fonte de inspiração. Minha jornada pessoal e os momentos de transição na minha vida estão profundamente refletidos nesta canção.
– Quanto ao arranjo instrumental e a sonoridade como um todo, quais são suas considerações? Musicalmente, valorizo a energia e as emoções que sinto no momento, enfrentando cada parte individualmente ao compor. Não sigo um ritmo ou design de som pré-definido; em vez disso, deixo que minha intuição me guie de forma natural. Às vezes, escolho deliberadamente elementos sonoros que têm qualidade inferior ou dinâmica instável, mas apenas quando isso expressa melhor a mensagem que quero transmitir. Isso faz com que minhas músicas sejam sempre imprevisíveis e em constante mudança. Para alguns ouvintes, isso pode parecer confuso, mas acredito que essa é a beleza da música – permitir interpretações diferentes e inesperadas.
– E, por fim, o que esta música diz sobre a cultura e a música do seu país, o Japão? A cultura japonesa valoriza profundamente a perseverança e a resiliência, e “Go’ward!” reflete esse espírito através da música. A cena musical no Japão é diversa, combinando elementos tradicionais com modernos, e esta canção simboliza essa fusão. Ao mesmo tempo, a música carrega uma visão global, conectando esses valores japoneses com uma audiência mais ampla.
Respostas Ichinomoto Yu
The Magician – “Melodic Avenue” – (Bélgica)
– Resumindo, que música é essa? É o terceiro single do meu próximo álbum “Voyage”.
– Ela diz algo ao mundo e o que está escrito em sua letra? É sobre um homem levando sua namorada/esposa para a « Avenida Melódica » em um belo carro conversível e, claro, tocando a música.
É sobre aproveitar este momento.
– Qual é a sua fonte de inspiração? A música é inspirada na discoteca italiana, nas batidas baleares, mas também nos sons futuristas dos anos 80.
– Musicalmente, como você descreveria isso? Eletro-disco-pop.
– O que a capa da música representa? É a minha imagem de uma « Avenida Melódica » na cidade de Nova York.
RespostasThe Magician
Blaise – “Don’t Turn Around” – (EUA)
– Quem é você, Blaise? Olá, amor! Eu sou Blaise, “The People’s Pop Star”!
Sou um artista Alt/Pop vindo de Asbury Park, NJ, e estou determinado a dominar o mundo com amor e muito glitter! Acredito na liberdade indescritível que vem com ser inegavelmente e assumidamente você mesmo. Por meio da minha arte e, mais importante, da minha música, pretendo entreter e inspirar. Minha música está enraizada no pop, pegando sementes de sabedoria dos gigantes do passado e misturando inspirações atuais de alternativo, experimental, r&b e soul. Minhas músicas são conduzidas por letras, contando histórias pessoais e sonhadas de amor perdido e ganho. Quero fazer o ouvinte se sentir visto, revigorado para dançar, chorar, tentar novamente. Também sou um artista extremamente visual; usando fotos e vídeos para ajudar a expressar as mensagens e excitar a mente. Eu sempre usei e sempre usarei meus sucessos e dificuldades para mostrar ao mundo que você pode ser tudo e nada, que não há limites para a forma como você pode criar a si mesmo e que, seja qual for esse eu, é exatamente o que há de mais belo no mundo.
– Por que resolveu regravar esta música? Minha gravadora incrível me abordou com a oportunidade de fazer parte de um álbum de compilação de covers com clima de verão. O verão é minha estação favorita, e muitas das minhas músicas favoritas abrangem isso, então eu definitivamente tinha algumas músicas que estava contemplando. Com tantas opções, eu realmente tirei um tempo para tentar encontrar uma música que realmente parecesse verão para mim. Foi assim que cheguei à memória central não apenas de Don’t Turn Around do Ace of Base. Quando eu era mais jovem, o álbum Ace of Base estava no replay. Algumas das minhas memórias favoritas do verão em que o álbum foi lançado foram fazer meus pais e seus amigos entrarem no meu quarto e sentarem e me assistirem fazer uma apresentação inteira do álbum INTEIRO. Deixe-me dizer, eu toquei naquele pequeno quarto como se fosse o Madison Square Garden!
– O que sua versão tem de especial e de “seu”? Minha versão definitivamente tem um lado mais sombrio. Meu vocal tem um desespero. Eu sinto que quando você ouve a música, quase parece que você está assistindo a uma cena de um filme, que você está quase voyeuristicamente ouvindo uma conversa real entre amantes. Nós também queríamos fazer um pouco de punk. Eu amo que pegamos o gancho dos “Oh’s” e fizemos como um canto punk, sobrepondo vozes diferentes para fazer soar como se você estivesse em um bar de mergulho.
Respostas Blaise