(Divulgação)
A banda Centro da Terra cuja sua sonoridade única carrega influências de vários gêneros do rock n roll, está divulgando seu terceiro álbum. Homônimo, o trabalho foi lançado com uma estratégia diferente: inicialmente em formato físico, como CD, DVD e Vinil, para, só depois, lançar nas plataformas digitais de música.
Uma característica que traz mais brilho ainda para o álbum é que o mesmo foi masterizado em um dos estúdios mais lendários do mundo, o Abbey Road, em Londres, consagrado pelos Beatles, além de outros grandes nomes do mercado musical internacional.
O disco só foi possível de sair do papel graças a uma campanha de financiamento coletivo de sucesso, que ultrapassou a meta estabelecida mostrando, assim, a força da banda como representante da cena do rock nacional, na atividade há mais de uma década.
S0BRE A BANDA
Formado em 2010, o Centro da Terra já rodou mais de 200 mil quilômetros por todo o país, a bordo da kombi “Chibaba”, tocando em festivais e casas noturnas conceituadas na cena brasileira entre eles diversos Sescs, Crossroads (Paraná), Pira Rural (Rio Grande do Sul) , Aldeia Rock Festival (Rio de Janeiro), incluindo várias passagens pelo Psicodália (Santa Catarina), festival que movimenta a cena artística do Brasil, a banda fez parte das atrações “psicodalianas” por quatro anos consecutivos tocando ao lado de grandes nomes da música nacional e internacional, como Ian Anderson (Jethro Tull) , Steppenwolf, Arnaldo Baptista, Almir Sater, entre outro.s. A banda contabiliza mais de 1200 shows em seu currículo por todo território nacional
Com o blues funky de Fred Pala (guitarra e vocal) aperfeiçoado nas ruas da Europa, o rock’n’roll progressivo de Zeca Mustang (baixo e backing vocal) e o jazz fusion inovador de Guilherme Pala (bateria), o power trio Centro da Terra traz à tona a espiritualidade e eleva o ser à paz e ao amor. Por meio da música e da poesia, o grupo de São José do Rio Preto (São Paulo) eleva sua obra a uma forma de meditação ativa, utilizando de improvisos e misturas de ritmos sonoros brasileiros como bossa nova e baião, e estrangeiros, como jazz e blues. Os irmãos Pala classificam o estilo do conjunto como “Ritual Elétrico”.
Além das composições próprias, a banda realiza um trabalho de resgate do rock setentista nacional, mantendo vivo o som de grandes nomes como Som Nosso de Cada Dia, A Bolha, Casa das Máquinas, Perfume Azul do Sol, A Chave, entre outros, com releituras audaciosas e muito improviso.
O trabalho do Centro da Terra transcende a barreira musical. Une-se a isto uma dose mística direcionada a paz interior. A fusão do elétrico com o espiritual resulta em uma experiência única.
(Fonte: release oficial enviado a imprensa)
Matheus Luzi – Em tempos digitais, o que representa, para vocês e para o mundo, lançar um álbum em formato físico?
Zeca Mustang (baixo e backing vocal) – Boa parte do nosso público é de apreciadores de um bom vinil, assim como nós mesmos, então é importante produzir nossos lançamentos através de mídia física. Por mais que pareça obsoleto, esse tipo de mídia como vinil ou até mesmo o CD, ainda proporciona uma experiência inigualável através do ritual de se pegar um disco, apreciar a capa, o encarte, colocar o disco pra rodar, ouvir o álbum inteiro do início ao fim, dessa forma é possível desfrutar muito mais de uma obra, é muito mais satisfatório e prazeroso do que pegar uma playlist ou ouvir um ou outro MP3 aleatoriamente enquanto passeia pelos feeds das redes sociais sem nem prestar atenção ao que se ouve, é uma relação mais intimista e enriquecedora e isso é importante em tempos de relações tão líquidas que a era digital nos impõe.
Matheus Luzi – Como vocês chegaram até o estúdio londrino Abbey Road? O que vocês têm a dizer sobre essa experiência?
Fred Pala (vocal e guitarra) – O Abbey Road Studios é uma referência mundial de qualidade e história, portanto fizemos a escolha de fechar o nosso novo trabalho com chave de ouro. Desde o primeiro contato, recebemos um excelente atendimento através da Lucy, uma espécie de organizadora dos schedules e atendimento aos músicos, que nos auxiliou durante todo o processo, inclusive na escolha do mais apropriado engenheiro de som para o nosso projeto.
Podemos dizer que o processo valeu muito a pena e é sem dúvida uma grande alegria ter um disco fabricado pela Pollysom e masterizado no Abbey Road.
Matheus Luzi – O fato de o disco ter sido lançado graças a uma campanha de financiamento coletivo mostra o quanto vocês têm força no cenário do rock nacional…
Zeca Mustang (baixo e backing vocal) – Sem dúvida! Nós rodamos muito pelo Brasil tocando em casas de show e em festivais importantes e isso nos deu uma bagagem muito legal, nosso público cresceu dessa forma e a partir disso conseguimos fazer nosso trabalho chegar mais longe. Com o resultado do financiamento conseguimos lançar o álbum e chegar em ainda mais pessoas e as resenhas tem sido sempre muito positivas e isso mostra que podemos chegar muito mais longe com certeza
Matheus Luzi – Musical e poeticamente, o que é o disco?
Fred Pala (vocal e guitarra) – Assim como uma pintura em tela esse novo trabalho do Centro da Terra traz incontáveis pinceladas de cores sonoras, camadas sobre camadas de luz e sombra, vibrações que transparecem ao ouvinte a arquitetura tecida por nossas mentes musicais.
Esse é o terceiro disco da banda, mas o primeiro gravado em estúdio, o que possibilitou meses de experimentações sonoras na caminhada de reproduzir o mais fiel possível o que trazíamos dentro de nós ao longo de anos na estrada.
Matheus Luzi – Quando o trabalho estará disponível nas plataformas de streaming? Até lá, para quem não adquirir o disco, o que o público pode esperar?
Fred Pala (vocal e guitarra) – Ainda não temos data para o lançamento online, a ideia tem sido um approach diferente, lançando apenas formatos físicos primeiro, somos uma banda independente e é fundamental contar com o apoio dos nossos fãs e apoiadores através da venda dos nossos álbuns. Afinal de contas, também precisamos do pão nosso de cada dia, para continuarmos a produzir.
Matheus Luzi – Como vocês definem a banda? E o que vocês têm trazido de novo para a cena?
Zeca Mustang (baixo e backing vocal) – Acho impossível não dizer que somos uma banda de rock n’ roll, mas nossas influências são muito amplas e isso acaba refletindo na nossa musicalidade e consequentemente nas nossas composições, então você vai encontrar nas nossas músicas elementos de vários estilos como jazz, blues, progressivo, psicodelia e até baião, entre outras coisas.
Nós buscamos trazer a tona nossa musicidade de maneira espontânea e visceral, com o intuito de conquistar as pessoas através da música e da mensagem em si. Eu percebo que hoje a “embalagem” do produto é mais importante do que o seu conteúdo e nós queremos ser diferentes disso. Nós queremos levar às pessoas a nossa mensagem através da arte da música da forma mais verdadeira.
Matheus Luzi – Vocês têm alguma história ou curiosidade interessante sobre o álbum? Se tiver mais de uma, sintam-se à vontade para contar.
Fred Pala (vocal e guitarra) – O álbum todo foi gravado em uma grande casa antiga de fazenda, onde montamos todo o nosso “jardim elétrico” e ao longo de um ano, ali fizemos nossos encontros e experimentações sonoras, apelidamos o estúdio de “O Estúdio das Aranhas”, pois elas estavam por todo o lado, dentro dos nossos amplificadores e instrumentos sempre prontas para nos dar um “oi”… Vacas, cavalos e cachorros também participaram das gravações diariamente… Se você prestar atenção nas músicas aposto que vai ouvir alguns deles.
Matheus Luzi – Agora deixo vocês livres para comentarem o que quiserem.
Fred Pala (vocal e guitarra) – Obrigado a todos que tem acompanhado e fortalecido o nosso som, desejamos a vocês de coração uma linda viagem psicodélica pelo Centro da Terra.